Como me faltou assunto e este estava mais à mão, vou aqui colocar uma "trilogia" de poesia "non sense". Tinha eu 18 anos, era ajudante de serralheiro, quando o meu oficial me recitou uma espécie de "trava-línguas" dum tal Pedro Paulino Pintor Pintava Paredes. Não quis ficar calado e, no dia seguinte, apresentei-lhe uma "trilogia", sobre um tal Pintinhas Pinto Pintado e da qual apresento hoje a primeira parte. Claro que, como trilogia que é, a continuação virá em sequência.
Divirtam-se, se for caso disso!
"PINTINHAS"
Pintinhas Pinto Pintado,
foi ao Hotel Embaixador.
Comeu um banco grelhado
e duas cadeiras, com bolor.
O criado então, assustado,
perguntou-lhe, hesitante:
-" Que mais quer, Sr. Pintado?
Não acha que é bastante?".
Pintinhas não cabe em si
e diz, em tom berrante:
-"Você é um burro que anda aí.
Traga-me um elefante"!
Amuado, o criado, lá se foi
e o desejo foi satisfeito.
Pintinhas comeu ainda um boi
e uma sopa de amor perfeito.
Pintinhas foi-se embora.
Foi o desfecho mais lógico.
Soube-se, à última hora,
que vai jantar ao Jardim Zoológico!
(continua)
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