sábado, 31 de dezembro de 2016

O Estaleiro Naval da CUF/Navalis/Lisnave ... existiu !


O Estaleiro Naval da CUF/Navalis/Lisnave 
... existiu!



Hoje, dia 1 de Janeiro de 2017, quero assinalar um outro dia 1 de Janeiro, mas há já 80 anos, em 1937.
Nesse dia, o Estaleiro Naval da AGPL, por Decreto de 15 de Dezembro de 1936, era arrendado à Companhia União Fabril.
Do que foi a vida deste estaleiro, que deu origem à Lisnave, excuso-me de o referir neste momento, porque apenas quero lembrar, nesta data, algo que muitos conheceram, muitos mais nunca ouviram falar e levará poucos anos até que seja completamente esquecido um estaleiro que ocupou milhares de trabalhadores, que dignificou a indústria nacional, mormente a construção naval e que hoje já parece não ter existido!

(Retirado de lmcshipsandthesea.blogspot.com)










domingo, 11 de dezembro de 2016

E ... o Menino Jesus ? Onde está ?






 E … o Menino Jesus? Onde está?

Numa mansão enorme, diria quase irreal,
uma também enorme árvore, toda ela luz
e repleta de brinquedos, prendas de Natal.
Mas, estranho, onde está o Menino Jesus?

Mais além, uma casa, música celestial,
também bem cheia de tudo quanto há.
Alegre, a família comemorava o Natal!
Mas o Menino Jesus, Ele onde estará?

Noutra alegre casa, ainda além mais,
a criançada rindo, corre de cá para lá,
festejando o melhor de muitos Natais!
Mas, o Menino Jesus? Aqui, não está?

Admirado, fui caminhando noite fora,
julgando que seria minha tal confusão
e que do Santo Natal não seria a hora,
quando algo chamou a minha atenção.

Numa humilde casa, bem pequena,
foi decerto um milagre o que eu vi.
Numa pobre criança, muito serena,
Jesus, baixinho, dizia:- Estou aqui!



Com este poema, deixo aqui a todos os meus amigos e aos visitantes deste blogue, os mais sinceros votos de Bom e Santo Natal!


quarta-feira, 2 de novembro de 2016




Dia dos Finados






Mais um Dia dos Finados,
em que os finados desta vida
por nós vão sendo lembrados
sempre duma forma sentida.

Assim é, o Dia dos Finados!
Com tristeza e melancolia,
louvamos nossos passados
que nos deixaram um dia.

Este o sentimento que ficou,
neste Outono quase Inverno,
a quem um dia nos deixou,
deixando-nos amor eterno.

Com tudo o que significa,
espelho do nosso amor,
nestes versos aqui fica
pequenina e terna flor!



("Post" já aqui colocado em 2013)

domingo, 25 de setembro de 2016

7 anos se passaram !




25/09/2009

E os anos se vão passando,
mas não diminui a nossa dor!
Lembranças nos vão ficando!
As lembranças do teu  Amor!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Santo António revisitado !





Em devido tempo, o Grupo Amigos de Lisboa, com o apoio da CM de Lisboa, levou a cabo um Concurso de Quadras Populares, alusivas ao Santo António, sujeitas ao mote:

Falando aos peixes, o Santo
Deu p´la falta da sardinha.


Até aqui tudo bem, só que eu, como não sou de ficar quieto, resolvi meter-me no assunto e lá enviei 3 quadras, o máximo permitido pelo Regulamento.
Deste meu trabalho, resultou a recepção duma carta onde me diziam ter sido atribuída uma Menção Honrosa à seguinte quadra, da minha autoria:
Falando aos peixes, o Santo
Deu p´la falta da sardinha.
Sumiu-se! Olha o espanto!
Viu o gato da vizinha!

É, pois, com redobrado prazer que após a recepção do respectivo Diploma referente à Menção Honrosa e de duas publicações, "LISBOA 1850 até ao futuro" e "Lisboa d'outros tempos", faço um regresso ao passado e revisito o padroeiro desta cidade, aguardando pelo Concurso do próximo ano.


sexta-feira, 12 de agosto de 2016

12 de Agosto de 1911 !!!





12 de Agosto de 1911


O céu azul estrelou, lá no Castelo,
porque num dia de grande alegria,
num modesto lar e muito singelo,
Maria, outra estrelinha, nascia!

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

PARABÉNS


06/08/1966   -   06/08/2016

Embora não seja de bom augúrio dar Parabéns antecipados, faço-o porque o não posso fazer no dia apropriado. Espero que daí não venha mal ao mundo, nem à aniversariante.
Nascida com o nome de Salazar (dizem que a contra gosto), os ventos da história tomaram a Liberdade de lhe mudar de nome e passaram a chamar-lhe de 25 de Abril.
Indiferente a tudo isso, olhando o Tejo a seus pés, continua a ser a nossa "ponte para a outra margem"!



50 anos não se fazem todos os dias!


sábado, 23 de julho de 2016

A PROFABRIL também existiu e … parece que ainda existe!





Não vou dissertar sobre o que foi, ou é, a PROFABRIL.
Simplesmente vou historiar um pouco o que foi a minha breve passagem por aquela empresa.
Estávamos no ano de 1970 e a Sala de Desenho do Estaleiro da Lisnave já, no Verão de 1968, tinha sido transferida da Rocha para a Margueira.
Entretanto, a Profabril, face ao volume de trabalhos que teria, fez saber à Lisnave que estaria interessada no serviço temporário de dois desenhadores, que poderia transformar-se em definitivo. Cumpre dizer que a passagem da Sala de Desenho para o estaleiro da Margueira, por razões que agora não interessam, trouxe consigo a necessidade de redução do pessoal desenhador, havendo mesmo alguns que já tinham tomado outro rumo, casos do António Ferreira Lima, do Manuel Pimenta, do Ildefonso Borges, do Carapinha Mendes e do José Luís Mendes para a Profabril e do José Carlos Oliveira Barreiros e do Trindade para a Sorefame.
Houveram alguns que se inscreveram mas eu, como tinha aulas no Instituto Industrial durante o dia e tinha vindo dum período de 3 meses de licença sem vencimento, não achei isso possível muito embora a Profabril me ficasse muito mais perto de casa.
Foi então, com alguma surpresa, que passado algum tempo fui contactado pelo Engº Alberto Conceição, ao tempo o chefe da Sala de Desenho, no sentido de me deslocar aos escritórios da Profabril, sitos na avenida do Infante Santo, em Lisboa, para falar com o Engº Pyrrait e aquilatar da possibilidade de ali desenvolver trabalho durante 6 meses ou talvez mais.
Fiz reparo de que eu tinha aulas no Instituto Industrial, horário diurno e que, portanto, não poderia cumprir um horário normal. Apenas poderia compensar em horário extra.
Aceites as minhas condicionantes, só houve que me apresentar ao serviço.
Assim, numa qualquer 2ª feira, suponho que em Fevereiro, depois de picar o ponto no edifício principal, onde hoje funciona o Hospital CUF Infante Santo, lá me apresentei do outro lado da avenida, penso que no nº 17, no 5º andar. Era uma normal casa de habitação, adaptada a escritório. 

Na avenida Infante Santo, a entrada do edifício onde eu ficaria instalado
(retirado do Google maps)
Fiquei instalado, naquilo que seria um quarto, um local de passagem onde cabia o meu estirador e pouco mais.
Começaram (o Engº Juanico), por me dar um desenho onde eu teria que escrever uma qualquer tradução. Suponho que era para um trabalho em Angola. Meia dúzia de palavras escritas e o trabalho estava feito. Fiquei entre o surpreendido e o desgostoso pois não percebia se era para aquilo que eles me queriam.
Fiz esse reparo e disseram-me que estava ali para fazer a implantação do Contacto 6 na CUF do Barreiro. Quis saber mais pormenores e o Engº Técnico (Agente Técnico de Engenharia, era a designação nesse tempo) Claudino Cavaco, que era o responsável pela obra, trouxe-me uma série de desenhos para eu analisar, explicando-me o que se pretendia, ou seja, a implantação dos transportadores de pirite para a instalação de produção de ácido sulfúrico. Era isso, o Contacto 6!




Era tudo muito bonito mas, os desenhos, alemães, com a marcação das coordenadas topográficas, para mim eram pouco menos que “chinês”.
No “quarto” ao lado onde estavam outros 2 desenhadores, perguntei se eles que estavam a elaborar desenhos para a “Celulose do Tejo”, costumavam trabalhar com coordenadas. Também para eles era novidade!
Fui olhando para os desenhos durante uns dias, ao mesmo tempo que ia fazendo perguntas ao Engº Cavaco e lhe ia referindo que eu não sabia o que estava a fazer e necessitava de pelo menos ir ao Barreiro dar uma vista de olhos pelo Contacto 5. Ficou prometido mas os dias iam passando e umas vezes porque as minhas aulas no IIL não mo permitiam outra porque o Engº Vendrel que seria o organizador da visita também não estava disponível, tudo continuava na mesma. Até que, finalmente, chegou o dia!
Fomos ao Barreiro e aí, depois duma reunião com alguns responsáveis, visitámos o Contacto 5 e fiquei então com uma ideia do que estava a ser pedido.
A partir daqui, foi tratar de desenhar a implantação no terreno dos vários transportadores que, penso, terão sido 18. Para esse trabalho partilhei o pouco espaço que eu ocupava e contei, então, com a colaboração dum desenhador que tinha trabalhado na zona têxtil do Barreiro e que regressou do Canadá, onde estava emigrado. Penso que de nome Costa e que tal como grande parte dos desenhadores que compunham o sector onde agora me encontrava, era do Barreiro.
Foi um período agradável pela amabilidade do pessoal e pelo trabalho, que comecei a entender. A parte que me desagradou foi o facto de os transportadores necessitarem duma estrutura metálica para a sua implantação e o cálculo dessa estrutura ser feito no Serviço 55, no edifício defronte. Eu que já estava no 3º ano do IIL, achava-me em condições de fazer esses cálculos e via-me reduzido ao mero trabalho de calcular ângulos e comprimento do transportador e sua implantação atendendo a algum constrangimento.
Esses cálculos seriam efectuados no Serviço 55, no edifício principal, do outro lado da avenida.
Parecerá pouco mas, o facto foi que o trabalho era algo moroso. Tanto assim que o Engº Bastos, certo dia, me referiu isso. Como era pessoa pouco da minha simpatia e também de mais alguém, fiz-lhe ver que eu não andava ali a brincar e que alguns dias tinha eu perdido esperando que me elucidassem realmente do que pretendiam, sem o ter conseguido. De qualquer modo, estariam perfeitamente à vontade para me mandarem de volta para a Lisnave e ficaríamos todos bem! O caso ficou por aqui e com a ajuda do Engº Cavaco, penso que em fins de Julho de 1970, regressei à base, consciente do dever cumprido e foi com satisfação que soube da inauguração, em 1972, do Contacto 6, unidade produtora de ácido sulfúrico, com a capacidade de 625 t/dia H2S04 (228.000 t/ano), primeira unidade portuguesa com ustulação de pirites em fornos de turbulência (processo BASF -2 etapes) e com "catálise dupla"!

Durante estes tempos, em Julho, ainda houve um jantar de despedida, do Eng. Juanico. Foi no restaurante “O Pilar”, ali para a rua Duque de Palmela. Foi uma oportunidade para ficar a conhecer um pouco melhor aquele pessoal.
Foram uns meses em que me pagavam mais do que se estivesse na Lisnave. Acontecia que me pagavam as horas de compensação como se de extraordinárias se tratassem! Ficava a ganhar!
Conheci mais algumas pessoas, embora não desse para reter mais que uma meia dúzia de nomes, tais como, o Castela, que morava no Alto de Santo Amaro, o Carrapiço, o Rijo, o Gasparinho, o Costa, o Fontes, o Januário, o Zarcos (todos na foto acima, aquando do jantar de despedida do Eng. Juanico) e poucos mais.



domingo, 1 de maio de 2016

Dia da Mãe! E ... Dia do Trabalhador?







































Dia da Mãe! Dia do trabalhador!
A bem tristes conclusões chego!
A primeira é o símbolo do Amor
e a outra, talvez, do desemprego!

A lusa Assembleia, tão republicana,
dos nossos anseios bem merecedora
vai propor e votar, já pr’á  semana,
novo feriado. Dia da Trabalhadora!

Isto porque cada nosso deputado
e também cada distinta deputada,
não gosta do género diferenciado
e somos nós a pagar a palhaçada!

Ficou muito mais pobre a cultura,
deste nobre povo sempre amada,
porque maçónica e nobre figura,
ansiava ir correr tudo à lambada! 

Levantando os olhos do umbigo,
ao ver o país que em sorte herda,  
o Pai dos Pobres chama o amigo,
iluminado negociador, o Lacerda!

Ele resolve o problema da TAP
e também dum qualquer banco,
não há pois nada que lhe escape.
Cai a lusa “troyka”, fica manco!

No Dia da Mãe, meus senhores,
porque terei vindo aqui misturar
esta classe de tais trabalhadores?
Mil desculpas! Vão lá trabalhar!

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Lembrando o 29 de Abril de … 1991. Sempre!



 

Pai! Que estranha sensação!
Dizem-me que estás ausente,
mas bem fundo, no coração,
eu te sinto sempre presente!

terça-feira, 29 de março de 2016

29 de Março de ... 1970 !








29 de Março de … 1970 !
 
Neste dia, ano de mil novecentos e setenta,
domingo de Páscoa foi um dia muito triste.
Daquela manhã clara, mas ainda sonolenta,
chegou-nos uma tão triste notícia. Partiste!

sexta-feira, 25 de março de 2016

PÁSCOA !


A todos os meus amigos e visitantes deste blogue, os meus votos de muita saúde e uma Santa Páscoa !


"Ressurreição de Cristo e Mulheres no Sepulcro"
Pintura de  Fra Angelico, pintor pré-renascentista italiano (c.1387-1455)
 
PÁSCOA !
 
Páscoa! Quaresma! Paixão!
Já as Aleluias canta o povo,
agradecendo a Ressurreição
que lhe traz o Homem novo!

domingo, 20 de março de 2016

DOMINGO DE RAMOS ! PRIMAVERA !


Entrada triunfal em Jerusalém.
Fresco de Pietro Lorenzetti, na Basílica de São Francisco, em Assis, Itália
( retirado de https://pt.wikipedia.org ) 

Domingo de Ramos, Primavera,
seja outro dia, isso tanto lhe faz!
É que o povo continua à espera
dum outro Mundo, pleno de Paz!

 
 
 
     ( retirado de https://asplantas.wordpress.com )
 
  
Ainda assim, o Povo não se cansa,
sendo certo que, depois da Paixão,
muito maior será a sua Esperança.
A Primavera, será a sua Redenção!
 

sábado, 19 de março de 2016

DIA DO PAI !




DIA DO PAI
 
Do Dia do Pai uma certeza,
ele é, todos os dias da vida!
Ainda recordo, com tristeza,
do meu, o dia da despedida!

terça-feira, 8 de março de 2016

DIA INTERNACIONAL DA MULHER





Dia da Mulher! De todas as mulheres,
todas as raças, idade ou social estrato,
de muitos ou poucos teres e haveres
e até infelizes e vítimas de mau trato.
 
E se estes alinhavos assim dispersos,
por acaso, servirem dalgum lenitivo,
poderei dizer que estes meus versos,
então, foram feitos por bom motivo.

terça-feira, 1 de março de 2016

Viajando ... no passado ( 2 )

Lisboa – Londres – Newcastle – Londres – Lisboa  ( parte 2 )

Fizémos base no “President Hotel” e logo na sexta feira à noite, fomos ao "Shaftsbury Theatre" ver o musical "Hair", que estava nas bocas do mundo, e ainda um espectáculo de burlesco no “Raymond Revuebar”.
 
A afluência do público para o musical "Hair"
( retirado de uk.news.yahoo.com)
No dia seguinte, assistimos ao render da guarda no Palácio de Buckingam, subimos o Tamisa até Greenwich, onde visitámos o Observatório e “pisámos” o meridiano 0 (zero), 
as docas onde se encontravam o “clipper” “Cutty Sark” (que andou nas rotas do chá, que foi português e que, em Maio de 2007, ficaria bastante destruído devido a um incêndio que deflagrou durante trabalhos de restauro e manutenção) e o iate “Gipsy Moth IV”, no qual Sir Francis Chichester, de 66 anos deu a volta ao mundo, em solitário,  em 1966/1967.
O "clipper"  "Cutty Sark"
( retirado de blogueoc.blogspot.pt )

Greenwich .  O meridiano!
(retirado de palavrasescritas.dfs.blogspot.com)











Percorremos o Green Park e o Hide Park, onde vimos os “speakers”, assistimos a um filme que em Portugal seria mais ousado mas que daí a pouco tempo seria uma coisa banal. Vistámos  a City e a Abadia de Westminster, a Torre de Londres (e as jóias da coroa).



Interior da Abadia de Westminster
Para além disso ainda tivemos oportunidade de fazer compras, uma pechincha, no Mark & Spencer’s.
Foi uma semana cheia e um fim de semana bom, rentável, mas cansativo.
Quanto à alimentação, por incrível que pareça, não me habituei a comida sem sal e pouco convidativa, foi quase uma semana de “fome”!
E, cansado mas satisfeito, lá regressei  a Lisboa, cumprido o meu baptismo aéreo.

Outras viagens se perfilavam no horizonte!

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Viajando ... no passado ! ( 1 )

Vou iniciar uma série de postagens, dedicadas ao tema “Viajando no passado”. Isto porque viajar, no futuro, não é para todos!
Começo, então, pela minha primeira viagem que, como a maioria das outras, foi em trabalho.

Lisboa – Londres – Newcastle – Londres – Lisboa  ( parte 1 )
Sabedor da minha indigitação para esta viagem com mais 2 colegas, sem grande entusiasmo e com algum nervosismo à mistura, preparei-me para o meu baptismo de voo.
No dia aprazado, lá estava eu no aeroporto de Lisboa, onde tive a grata surpresa de saber que iria ter a companhia da equipa de futebol do Sporting, rumo a Glasgow, e onde pontificavam, entre outros o Damas, o Pedro Gomes, o Caló, o Chico, o Nelson, o Marinho, o Diniz e a estrela, o Yazalde. Este, por sinal, bastante nervoso, também não gostava muito de levantar os pés do chão!
 
A viagem, até Londres, decorreu normalmente, gostei de ver Portugal lá de cima e estranhei que nas nossas escolas não fossem passados filmes com a vista aérea do país, pois seria muito melhor que os vulgares mapas de parede.

Chegados a Londres, onde o tempo de espera deu para aquilatar do preço exorbitante duma vulgar sandes, fatia de queijo metida entre dois triângulos de pão de forma, também deu para notar a diferença entre o barulho de “meia dúzia” de pessoas no pequeno aeroporto de Lisboa e o quase “ensurdecedor” silêncio no enorme aeroporto de Londres. Os nossos congénitos problemas!
Após uma breve paragem, rumámos a Newcastle onde chegámos já noite.



 
No dia seguinte atravessámos o Tyne (em cujas margens se localizavam os estaleiros onde foram construídos, entre outros, o “Angola” e o “Moçambique”) em direcção a Feling-upon-Tyne, local da fábrica de tintas “International Red Hand Paints” e onde passaríamos 5 dias de “formação acelerada” a ouvir sessões contínuas de dissertação sobre técnicas de pintura e de onde eu, ao fim do dia, saía com a “cabeça à roda”, devido ao esforço para entender o inglês. que os meus fracos conhecimentos não davam para muito. Habituei-me, não à “cup of tea” ou ao “coffee”  mas ao “tea with milk”, de hora a hora e do qual devo ter bebido litros!
Terminada a tarefa diária, sempre havia uma descompressão, um passar pelos “pub” (não um, mas vários) antes das refeições e foi assim que para não fazer misturas alcoólicas, passei a bebedor de gin tónico, de tal modo que nunca mais bebi tal coisa!

Página do programa do dia 20 de Outubro
 
A parte cultural também foi aproveitada e assistimos, no “Theatre Royal” à peça “The Gondoliers” (or The King of Barataria), opereta pela “The D’oyly Carte Opera Company Gilbert & Sullivan Operas”. Além da qualidade do espectáculo, feriu a nossa sensibilidade de "portuguesinhos", o traje ligeiro dos espectadores, nada comum entre nós, onde assistir a um espectáculo equivalia a vestir quase um fato de cerimónia. Outro facto era a existência de binóculos nas costas das cadeiras de quase toda a sala. Em Portugal, semelhante situação, a acontecer, só seria possível no dia da estreia. No 2º dia já lá não estaria grande parte deles!  

 


Pormenor do interior da Abadia
 
A abadia de Hexham, foi fundada pelos monges beneditinos no ano de 674, em honra de Santo André. Sofreu algumas reconstruções pois que ao longo da sua existência foi cenário de várias guerras e destruições muito devido à sua localização, próxima do que foi a muralha romana ( Hadrian's Wall ) e muito sujeita aos ataques vindos da Escócia.
Os restaurantes típicos dos arredores, aproveitando casas senhoriais, também tiveram a nossa visita.

Terminada a fase do trabalho, propriamente dita, foram horas de regressar a casa. Porém, estávamos na sexta feira, à tarde, e como o regresso a Lisboa era só na segunda feira, havia que aproveitar o fim de semana em Londres.

( continua )

sábado, 20 de fevereiro de 2016

20 de Fevereiro de 1886 !





20 de Fevereiro de 1886 !
 
1886! Meus bisavós, antepassados,  
Catarina Rascôa e António Belchior
foram pais e por Deus abençoados,
com uma filha. Sua graça, Leonor! 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

19 de Fevereiro de 1906 !






19 de Fevereiro de 1906 !
 
Na raia de Portugal, bem no confim,
Deus um dia desceu à terra, pôs o pé,
deixando a Maria Amélia e Joaquim,
com as suas bênçãos, um filho, José!

domingo, 7 de fevereiro de 2016

E o Carnaval, continua!!!





E o Carnaval, continua!!!
 
O governo, estomago em sofrimento,
reuniu-se para que num parco almoço
digerisse bem um saboroso orçamento
mas,  azedou, saiu um …mero esboço!
 
Todos, logo disseram, em alvoroço,
:- Amigos, agora é que vão ser elas,
quando levarmos este lindo esboço
aos nossos amiguinhos de Bruxelas.
 
Logo uma vozinha, bem lá do fundo,
veio acabar com a iminente confusão
dizendo:- Ó Costa, enfrenta o Mundo,
mostra-lhes, só, a nossa Constituição!
 
E para não ir cair de novo num poço,
a este democrático, bem altivo, país,
basta do orçamento fazer um esboço
e ir a Bruxelas esfregar-lho no nariz!
 
Sim porque é um orçamento para pessoas,
todas, sem excepção, sem limite de idade.
E é ouvi-los, afinadinhos, lhe tecendo loas.
Problemas, são apenas meras tecnicidades!
 
O carro alegórico do ensino do porvir
transporta uma turba muito alvoroçada
porque se para tirar o curso basta sorrir
para a licenciatura é preciso gargalhada.

Também ainda noutro carro se alude
que este país está a cair aos bocados
e para lhe tratar muito bem da saúde
já chamaram os médicos reformados.
 
Mas, não vai ficar por aqui a confusão.
Por cá nunca ninguém viu coisa assim.
Prometem descer o IVA da restauração
mas, afinal, parece não ser bem assim.
 
Se o trabalhador é mal remunerado
aumenta-se o salário, sem demoras!
E o horário, não vá ele ficar cansado,
baixa-se, para as trinta e cinco horas!

Na ânsia de tudo o governo mudar
e na TAP o investidor é gente tonta,
o governo agora diz que vai mandar
mas, ao … estilo do “faz de conta”!

Aleluia, aleluia! Acabaram já os cortes!
Milagre, ao jeito “Tudo a bem da nação”!
Aumentam combustíveis ( transportes)
mas, os produtos? Esses, claro que não!


 
Uma boa medida tomada em prol desta gente
que tem visto toda a sua vida feita num caco,
é medida acertada a seu favor, e do ambiente.
Já ninguém fuma! Aumentaram-lhe o tabaco!
 
São só avanços, recuos, tecnicidades!
Assim vai indo esta nossa mascarada.
Porque, só devido às muitas maldades
é que a palavra dada não será honrada!
 
Podem dizer que estou tonto ao premeditar
tudo aquilo que espreita e aí estará para vir
pois, pelo que me vai sendo dado observar,
vamos passar um longo tempo sempre a rir!
 
É assim, este governo de carnaval à portuguesa!
Governo que nos vai dar alegria! Sem desgosto!
Vai haver, de tudo, grande fartura em cada mesa!
Tudo em crescimento! A descer, só cada imposto!
 
Governo, duma união abençoada
pela esquerda, que já está na rua!
Palavra dada, é palavra honrada!
Tudo certo, o Carnaval continua!


Se puderem, divirtam-se mas não exagerem porque este Carnaval não são só... 3 dias!