Hoje é o dia 31 de Outubro, Dia Mundial Da Poupança. Esta é a minha contribuição.
Não vou aqui deixar tudo aquilo que poderia dizer sobre o momento de crise em que nos encontramos. Não porque não tenha opinião sobre o assunto, mas porque corria o risco de esquecer o principal (o colectivo) e distrair-me com o acessório (o individual), sabendo que cada indivíduo, na sua visão egocêntrica, é um caso “especial”.
Por isso, apenas vou referir que, em tempos idos, em que sempre todos se queixavam, com razão, de que a vida era difícil, ninguém se esquecia de alimentar o seu porco, quer real quer metaforicamente falando. Uns, porque, aproveitando as sobras da sua parca alimentação e sacrificando a sua barriga, iam alimentando o bácoro para que, na devida altura, houvesse a matança e algum alimento para a família durante os tempos piores. Outros, aforrando, com que sacrifícios, até ao dia em que partiam o “porquinho” de barro e proviam a alguma necessidade premente.
Qualquer destes “porcos”, ia engordando mas, repito, sempre com que sacrifício!
Hoje, as famílias deixaram de criar “porcos” e quando os criam, esquecem-se de os alimentar. "Alegremente", alimentam os “porcos” dos outros, enquanto o seu vai definhando!
E, como? O mercado tem muito porquinho, gordo e prontinho a comer e não custa nada porque os bancos, porquinho ainda mais gordo, nos emprestam o dinheirinho. A pequena diferença, e que pode originar alguma confusão nas mentes mais avessas, é que esse dinheirinho é emprestado e não dado! E, é aí, no pagamento desse empréstimo, que entra o tal sacrifício de que todos falam e que, agora, acham inaceitável, esquecendo todos os sacrifícios que seus pais fizeram. O problema maior, esse sim, é que como é dos livros e é uma ideia secular, “Paga o justo pelo pecador”! Mas, quem não tiver pecado, que atire a primeira pedra!
E há uma ideia “engraçada”
que já começa a ser vulgar. Pedir a quem não tem nada
:-“Façam o favor de poupar”!
E quem foi que isto pensou,
de uma forma tão desabrida?
É que a bolsa já ele lha levou! Quer levar-lhe também a vida?
No Dia Mundial da Poupança
e em tempo de tão dificil viver, é bom lembrar :- “A Esperança,
é sempre a última a morrer”!
Sei que há gente esquecida
e por isso há quem precise que lhe lembrem que há vida
muito para além desta crise.
“Os ricos que paguem a crise”,
foi uma ideia muito propalada. Amigos, deixem que os avise
que eles nunca pagaram nada!
Mas que ninguém se assuste
com isto que lhes vou dizer.Por muito que isso lhe custe,
será sempre o pobre a sofrer!
Por isso, nada de desanimar
no Dia Mundial da Poupança. Já que não conseguem poupar,
não deixem morrer a Esperança!
(Imagens retiradas da net: kasuar.pt e sorisomail.com)
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