quinta-feira, 21 de agosto de 2014

"Cisma" no "cristianismo" ou ... uma nova religião ?

Até parece que estou numa de "post's" religiosos! É pura coincidência!
Este "post" era para ser colocado quando começou o problema do BES, entretanto houve outras prioridades e apesar do tempo ir passando, creio não ter perdido actualidade. Aliás, penso que novos capítulos estarão para vir. Oxalá não sejam de fim mais triste do que já foram os até aqui desenvolvidos! É esse o meu desejo e penso será o da totalidade dos portugueses ou, pelo menos, a grande maioria!














É muito grande a confusão
que grassa no "cristianismo".
O problema é, tanta devoção
ao  "santo" São Capitalismo!

E nos crentes o fervor é tanto,
até de muito boa gente ateia,
que querem o Espírito Santo
já, imediatamente, na cadeia!

Estará certo? Eu não o sei!
Pode estar certo, ou errado!
Certo que eu não o provei
e dizem que está Salgado!

Começou no Oliveira e Costa,
e nele já não há quem pegue.
Agora, o bom povo até aposta
qual o senhor que se segue.

Com ele veio o Loureiro, conselheiro.
Não foi grande a surpresa para mim,
mas não posso esquecer o Rendeiro
e que já havia o Gonçalves, Jardim!

E assim vai a nossa vida,
sem grande vontade de rir!
Andar de cabeça perdida
à espera do que há-de vir!

(Retirado de www.profprbm.blogspot.com)
E assim vai o “cristianismo”
deste nosso alegre Portugal,
onde o bendito capitalismo
é uma religião! Do Capital!

Após o Loureiro e o Costa
muitos outros “crentes” virão
e é disto que o povo gosta
neste meu país tão cristão.

E neste meu tão triste país,
com os bancos já em saldo,
a dona Inércia é quem diz
que quem sabe é o Ronaldo!

Se ela tem razão, ou não,
isso agora aqui não cabe
mas, crescer tanto milhão,
só o Ronaldo é que sabe!



Ao ouvirem um  tão grande pranto,
com acompanhamentos de alaúde,
vieram“Angeles” e ao Espírito Santo
se propuseram, tratar-lhe ... da saúde!

Por mão divina que os conduz,
desceram os “Angeles” à Terra!
Propõem-se iluminar a ... Luz
e com Paz acabar uma guerra!




É altura de ir dizendo a este povo:
-Tomem cuidado, ponham-se a pau,
pois prometem-lhe um banco Novo
mas, pode cair tudo no banco Mau!

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Nossa Senhora da Assunção não ajudou, mas ...

A Nossa Senhora da Assunção não ajudou, mas deve ter sido apenas porque eu também não tinha confidenciado, nem a Ela nem a ninguém, que me propusera fazer uma grande reportagem fotográfica dos festejos em sua honra.
Aconteceu, pois, que quando me propunha iniciar a reportagem, um erro de fotógrafo amador e descuidado fez com que a bateria da máquina estivesse descarregada. Porém, como não sou de desistir, aqui lhe fico o meu preito. Espero que fique a contento!

Assim, dum Boletim Informativo da Junta de Freguesia de Colares, vou fazer a transcrição de excertos dum texto de António Caruna, que foi um emérito colarense, aproveitando igualmente para lhe prestar uma pequena homenagem.

A PADROEIRA DA NOSSA FREGUESIA

Diziam os antigos que a primeira Padroeira da localidade de Colares fora Nª Srª de Milides.
/...
Até há bem poucos anos, realizavam-se no mês de Setembro as festas de Nª Srª de Milides, sendo o seu andor transportado, preferencialmente, por rapazes da terra que, na altura, estivessem no cumprimento do serviço militar.

Nossa Senhora de Milides
Até à reconstrução da ermida, efectuada na segunda metade do século XX, a sua imagem – Nossa Senhora com o Menino ao colo – estava colocada num altar da Igreja Matriz.
Pese embora a tradição multissecular, o facto é que, no testamento de Joam Roza, feito em 26 de Julho de 1442, este manifestou a vontade de ser sepultado “ ...dentro da Igreja de Santa Maria de Colares...”, templo que nada tinha a ver com a ermida de Nª Srª de Milides. Outros testamentos, de 1442 a 1630, a maior parte deles com datas posteriores à da criação da Paróquia de Colares, indicam que a nossa Padroeira era Santa Misericórdia.
O testamento de 10 de Fevereiro de 1630, de Maria Godinho e Luís Pestana, elaborado por ambos, moradores no Vinagre, foi, dos que conhecemos, o último onde é feita referência a Nª Srª da Misericórdia, nos seguintes termos: “...perante mim tabelião, lhes fizesse esta aprovação a qual lhes fiz em todo, tendo presentes como testemunhas o ditto Reverendo padre Ambrozio, Reverendo Lourenço Álvaro Morgado, cura da Igreja de Nossa Senhora da Misericórdia desta villa (...) e eu Marçal Gomes Bravo, público Tabelião de Nottas por sua Magestade (...) e assinei de meu publiquo sinal.”
Este Cura foi pároco de 1630 a 1635 e o Tabelião Marçal Bravo exerceu as suas funções de 1626 até, pelo menos, 1676.
A referência mais antiga a Nª Srª da Assunção, como nossa Padroeira, encontra-se no testamento de Manuel Brito, morador na Graciosa, termo da Villa de Colares, redigido em 1655 pelo “Padre Joam Cardozo, Coadjutor nesta Igreya de Nª Srª da Asumpção, desta Villa de Colares”.
À época, o Cura Manuel Seres de Gouveia era o Pároco de Colares, cargo que exerceu até 1663.
A imagem de Nª Srª de Milides esteve durante anos num altar da Igreja Matriz. É de roca e de vestir e tanto Nossa Senhora como o Menino aparecem coroados.
Não existe, no entanto, qualquer informação fidedigna que nos possa levar a afirmar que Nª Srª de Milides tenha, efectivamente, sido a nossa Padroeira.
Esta imagem está, actualmente, na capela da Quinta de Milides.

Nossa Senhora da Assunção
No que respeita a Nª Srª da Assunção, nossa Padroeira, a imagem mais antiga existente na Igreja Paroquial, também de roca, da época ou estilo do séc. XVIII, não simboliza, devido à sua concepção, a atitude de elevação milagrosa da Virgem ao Céu. Por este motivo, e durante o paroquiado do PE. Manuel Moura Machado, foi colocada numa peanha existente na parede da Sacristia e substituída por outra, construída por um artífice de Braga, em madeira maciça, mais condigna com a atitude da Assunção.

Nossa Senhora da Assunção
Sublinhe-se a especial devoção das nossas gentes patenteada também nas várias igrejas existentes no âmbito da Paróquia, votadas a Nossa Senhora nas suas diversas invocações.
/...
Seguramente, desde meados do séc. XVII que Nª Srª da Assunção é a Padroeira da nossa Freguesia.


sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Virgem da Consolação !


Inserto numa colectânea do grupo musical NOA NOA, intitulado LÍNGUA, vol.1, descobri um trecho antigo, dedicado à Virgem da Consolação ou, mais propriamente, a Nossa Senhora da Consolação.


Escreve Filipe Faria, um dos componentes do grupo:
Todas as línguas mudam com o tempo. Evoluem e adaptam-se aos usos inovadores das comunidades, às suas idiossincrasias e hábitos. A língua não pode ser entendida como uma entidade imutável, estanque, parada ou desenhada no tempo e pelo tempo. Ela é, pelo contrário, resultado de uma dinâmica imensa da mesma forma e com o mesmo fulgor da comunidade ou da humanidade que muda... vagarosa mas imparável.

Dedicado à memória colectiva definida pelas diversas culturas e línguas ibéricas, “Língua” é uma manta de sons “para além do Ebro” que resulta no português, castelhano, mirandês, galego, asturiano, basco ou catalão. Este projecto viaja entre o que há de mais comum e mais diferente na História da cultura ibérica explorando as fronteiras geográficas, culturais e conceptuais da tradição e da ancestralidade com a contemporaneidade ou a interculturalidade.

Trata-se de música, possivelmente recolhida do cancioneiro de Salvaterra do Extremo, lembrando a ancestralidade da devoção de Salvaterra do Extremo a Nossa Senhora da Consolação.
Um pequeníssimo excerto da faixa ( 1min 47 seg ), poderá ver-se e ouvir-se em: 
  

A letra deixo-a eu aqui:





Virgem da Consolação

Virgem da Conselação,
quem vos varreu a capela?
A gente de Salvaterra,
com raminhos de marcela.

Que têndeis na mão, que luz,
que têndeis na mão, que luz?
A protecção das donzelas,
despachada por Jesus.

Virgem da Conselação,
vosso nome é Maria,
têndeis um manto de seda
forradinho de alegria.

Que dais ao vosso menino,
que dais ao vosso menino?
Todos os meninos choram,
só o vosso se está rindo.

Que têndeis na vossa c’roa,
que têndeis na vossa c’roa?
Uma pombinha de prata,
tem asas e não avoa.

Que têndeis na mão, que luz,
que têndeis na mão, que luz?
A protecção das donzelas,
despachada por Jesus.

Quem vos varreu o terreiro,
quem vos varreu o terreiro?
O povo de Salvaterra,
com raminhos de loureiro.

Quem vos varreu a capela,
quem vos varreu a capela?
A gente de Salvaterra,
com raminhos de marcela.

Quem vos pudera levar(e),
quem vos pudera levar(e)
para a minha companhia,
em braços sem descansar(e).

Quem vos pudera trazer(e),
quem vos pudera trazer(e)
para a minha companhia,
em braços sem ninguém ver(e).

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O "ouro" de Salvaterra do Extremo !



Aqui, há ouro!!!!

Para que o Mundo oiça e veja que Salvaterra do Extremo sempre foi uma terra de ouro. 
Ouro, não só do reluzente, que se extrai do ventre da terra, mas também do que antigamente se via nas suas searas douradas, os seus ares, as suas gentes e até as suas águas que valem ouro. Sim, porque embora parca de águas, não podemos esquecer as águas da Fonte Santa que em tempos ainda bem recentes, pertenciam a Salvaterra do Extremo e para muitos lhe traz a saúde, nossa riqueza maior , muito embora, hoje em dia, para usufruir das suas benesses já seja necessário dispender algum "ouro"!

A SIC, honra lhe seja feita, veio trazer-nos à lembrança apenas o vil metal mas Salvaterra do Extremo merecia muito mais! À falta de melhor, para quem estiver interessado e se queira transformar em garimpeiro, aqui ficam algumas dicas. É só ver o vídeo!

Agora, tempo de férias e perante os problemas do BES, façam favor de aproveitar e todos à uma, toca a correr até Salvaterra que o ouro pode acabar! 

(Por pouca habilidade minha nestas coisas da internet, não coloco o vídeo mas, com as minhas desculpas, aqui fica o seu endereço.)