domingo, 14 de fevereiro de 2021

Um CARNAVAL ... mascarado !


  
                                   (E aqui, qual é o verdadeiro Carnaval?)
 

Um Carnaval … mascarado!

(des… confinado, des…vacinado, des…graçado)


Se esta maldita pandemia

leva tanta gente a morrer

haja um pouco de alegria

que é a vacina para viver!

 

Num cantinho, a ocidente da Europa,

há um país, como não há outro igual,

Brinca comigo, contigo, com a tropa!

Parece que vive sempre em Carnaval!

 

Espantoso! Duma forma bem sentida,

esta notícia até me está a deixar tonto!

O governo teve extraordinária medida!

Carnaval? Não há tolerância de ponto!

 

Diz o povo que aos amigos dá-se tudo!

Também não quero que lhes falte nada!

Recebam então, de mim, neste Entrudo,

esta minha tão assintomática mascarada!

 

Se o Carnaval no Mundo faz sentido,

no nosso Portugal, com maior razão!

Como a política, nunca será proibido!

Está ali bem escrito, na Constituição!

 

Sentem-se, cada um em sua cadeira,

com o devido distanciamento social!

Vamos lá! Dê-se início à brincadeira

e assistamos, ao bem luso Carnaval!

 

À frente do desfile um mascarado,

seguido pela sua comitiva maluca!

Vem ele, palavroso, bem montado

numa enorme, gigantesca, bazuca!

 

E vou olhando com muita atenção

para que deles nenhum me escape.

Vejo aquele a fugir com um avião.

Deve ser algum que resta da TAP!

 

Em tempos idos, os que já lá vão,

pôs alemães com pernas a tremer!

Agora quer ele uma reestruturação.

Paga “zé povinho”, a bom gemer!

 

Mas o palhaço, diz ser muito bom,

e é assim mesmo que tudo o indica.

Di-lo que é bem a cara do PS bom,

quem pinta seus lábios “à Benfica”!

 

Titubeante, lá vem, e não me engano,

dos jornalistas o terror, “o magarefe”,

trazendo ao colinho um só ucraniano,

e fazendo afagos à directora do SEF!

 

O que também me parece ele trazer

e decerto não sou só eu que tal acho,

debaixo do braço enrolado creio ver

o que servirá ao Costa. Um capacho!

 

E se aqui neste lindo país, nossa terra,

o que todos queremos é viver em paz,

eis que todos nós entramos em Guerra

que é o melhor que a Justiça nos traz!

 

Guerra que pelo visto, nos é imposta!

Que perdemos de certeza quase certa,

mas esta mascarada é disto que gosta,

armando-se, sempre, de muito esperta!

 

E porque isto tudo já cheira a porcaria,  

negócios de corrupção, de muito cartel,

para me defender desta outra pandemia

lavo as mãos com sabão, ou álcool gel!

 

Para mostrar do que esta gente é capaz

sem, pelo menos, se mostrar algo aflito,

vem alguém, proclamando estar em paz

pois vacinou a mulher, gato e periquito!

 

Ainda há coisas mais para a gente ver

e bem interessantes que todas elas são.

Vejo médicos alemães, pernas a tremer,

de medo mal podendo descer do avião!

 

E na pista deste Carnaval, douta comitiva

arrogante, anunciava, muito senhora de si,

estendendo a rosa passadeira, bem altiva,

“Willkommen tolle freund”, é já por aqui!

 

Noutro ponto deste Mundo, um qualquer,

até que um Carnaval poderá ser diferente,

porém, num país do salve-se quem puder,    

o dia a dia é lindo! Carnaval permanente!

 

Com o Bloco de democratas, adiante,

que se apresentam em todos os anos,

Chega, lá ao fundo, cantando o cante,

um rebanho de fascistas, alentejanos!

 

Lá vem a marcha dos públicos hospitais

mas, ali bem perto, mantendo a distância,

ouve-se o coro de rastreados soltando ais.

É a esperada festa, a festa da ambulância!

 

E tal barulho era tanto, tanto, tanto,

que para não provocarem desacatos,

desapareceram, como fosse encanto!

Tudo obra e graça do Luís de Matos!

 

Agora adivinhem quem lá ao fundo passa,

clamando e dizendo palavras sem sentido!

Lá vem, da pandemia arauto da desGraça,

um vírus, da bendita DGS, muito Temido!

 

E, eis que neste Carnaval sem sentido,

surge uma boa ideia, que não é minha!

Depois de tanta, tanta, água ter metido,

foram buscar um homem, da Marinha!

 

Ali vem Jesus e atrás de si a revolta

duma imensa turba que ele conduz,

clamando por melhor segunda volta

ou, então, o último só apaga a Luz!

 

Até a catedral da rubra religião

onde dizem a corrupção medra!

Oh, grande tristeza! Essa então,

não irá ficar pedra sobre pedra!

 

Podem querer ver o fim a este desfile,

mas eu, confesso, já me sinto cansado,

pois que ainda que o povo muito refile

terá que se manter em casa, confinado!

 

Portanto, vamos a levantar da cadeira,

cumprindo a regra que a todos arrasa.

Amigo, acabemos com a brincadeira!

Paciência! Vá, cuida-te, fica em casa!

 

Ainda um último aviso. Atenção!

Espero que seja, apenas, mais um!

Lavar bem as mãos, é com sabão!

Máscaras, isso, é no lixo comum!

 

Quando a pandemia acabar, clima ameno,

o governo tomará uma das suas iniciativas,

apoiar a nossa Cultura no Campo Pequeno

e permitir reuniões políticas, mas criativas!

 

Procurei muito, em toda a Medicina

e fui da mais antiga à mais moderna,

mas não encontrei sequer uma vacina

para um tal governo que não governa!

 

Portanto, pode o povo estar descansado 

que já está quase debelada a pandemia!

Prioritário, idoso ou não, será vacinado!

Se não for ainda neste ano, será um dia!

 

Se o vírus cá ficar e a vacina não aparecer,

então, vamos encher um saco de paciência

e depois o melhor que nos pode acontecer

é viver, sempre, em estado de emergência!



P.S.:

Será bom lembrar o que a vida nos ensina

e que também deste luso Carnaval emana!

Todo o mundo, até mesmo a própria China,

vai tremer, só de cheirar a variante lusitana!

 


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