quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ainda, o (des) Acordo Ortográfico…para Portugueses (e Portuguesas)!!!

Volto ao tema do Acordo porque me parece (isto é só uma ideia minha) que aquilo a que no meu tempo se chamavam substantivos colectivos (ou seriam, comuns de dois), já acabaram. Mas, também me parece que é só às vezes. Tem dias…
Acontece que também me parece que quem deu ordem de partida para esse desaparecimento foi um beirão, o General Ramalho Eanes, quando achou por bem dirigir-se à Nação com o célebre : - “Portuguesas e portugueses”! E esta, hein!, como diria o Fernando Pessa. Então a palavra portugueses, já só se refere aos homens?
É certo que o General Spínola, no dia da Infantaria, em Mafra, ainda se dirigiu só aos “Portugueses”, julgando que se estava a dirigir ao país. Estaria enganado ou esqueceu as mulheres deste país?
Quando se diz que os portugueses ganham pouco, ou trabalham muito, ou são sisudos, ou são isto ou aquilo, quer dizer que as portuguesas o não são? Também temos os “Trabalhadores e trabalhadoras” e um imenso rol doutras alarvidades, digo eu!
O que também é certo é que agora, é ouvir “Senhoras e Senhores deputados”. Reparem que não dizem “Senhoras deputadas”. E eu digo isto porque, ao que me conste, agora falam em reduzir o número de “Deputados”. Então como é, e as “Deputadas”? Nem falam nelas. Será por causa da fonética de tal palavra, ou esqueceram-se?
Já temos Ministros e Ministras, quando eu julgava que o cargo era “Ministro disto ou daquilo”. Mas, vá lá!
Agora, no Brasil já há quem diga que tem uma “Presidenta”!
Porque será que, quando se referem aos animais, dizem os cães; os gatos; os periquitos; os porcos, etc. etc.? Então, as cadelas, as gatas, as periquitas, as porcas, onde estão?
Falta-nos a Ivone Silva para reeditar o “sketch” com o Camilo de Oliveira e dizer: “Neste país, a armar ao fino, está tudo grosso, está tudo grosso”!
Isto, sou eu a divagar…

6 comentários:

  1. Ó meu amigo
    Eu já me pergunto se isto tudo não será para nos baralhar e nos pôr todos doidos. Ou será que caminhamos para a anarquia/Anarquia?
    Já agora agradeço as felicitações poéticas no aniversário d'O Açor. Adorei.
    Beijinhos
    Lourdes

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  2. Ó João, tenha calma ,tudo se há-de resolver é capaz de não ser assim tanto como o pregam . Claro , faz bem desabafar... Olhe , eu não sei se tenho mais medo do acordo ,se do inglês ... Já viu que numa língua como a nossa que é tão rica ,está- se sempre a recorrer a expressões e palavras inglesas ...Pense nisso ... Eu ando a pensar desde , pelo menos há 6 anos atrás quando até escrevi um poema sobre o assunto. Talvez lho deixe aqui um dia destes ,se consentir , claro ...
    Um abraço
    Quina

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  3. Pois bem, Lourdes!
    Posso não me livrar de ficar doido mas, se Deus quiser, não há-de ser por causa do Acordo. A anarquia, mesmo assim, parece que ainda terá algumas regras. Não é "anarca" quem quer...

    Para um aniversário, eu faço sempre o possível por me esmerar. Se gostou, tanto melhor!
    Bem haja,
    abraço
    João Celorico

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  4. Olá, Quina!
    Estou calmíssimo e desejoso de começar a ver o que por aí virá. Talvez até nos traga bons momentos de humor o que, nos tempos que correm, dá sempre jeito.
    Eu, do inglês, não tenho medo nenhum. Eu já "clico",faço "enter",faço "copy", "printo", "blogo", "puto" "posts" e, quando quero deitar tudo fora, dá-me um "vipe", "dilito" e vai tudo para a lixeira!
    Como vê eu, sobre isso, já pensei o que tinha a pensar. Cá estarei, para o que der e vier...
    Quanto ao ou aos poemas, venham lá daí que aqui há sempre espaço e serão bem-vindos.
    Abraço,
    João Celorico

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  5. Muito Boa noite ,ao ler estes desabafos e que até me divertiram pelo bom humor,vou deixar aqui o meu contributo

    Presidenta??

    Mas, afinal, que palavra é essa totalmente inexistente em nossa língua?
    Bem, vejamos:
    No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante...
    Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
    Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, à pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
    Um bom exemplo seria:
    "A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta."

    E já agora... estou como diz o João, cá estarei para o que der e vier...
    Ana Bernardo

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  6. Então João cá vai o meu poema ...Será que lhe chame ... «Requiem »? Ou haverá um termo novo ,no novo português ? !
    «Is she doing? »,
    diz com ênfase britânico ,
    a colega que ensina inglês ...
    É a língua que se falará , talvez ,
    dentro de alguns anos ,
    na Pátria Lusitana...
    Do Português apenas,
    a História rezará
    e dirá
    que ele é língua morta ...
    «Deixou de se falar » !!!,
    e nada restará ,
    senão memórias ,
    doridas ...
    e uma ou outra nota ...
    Assim pois , então só se ouvirá :
    «It's going ,the poor» português!
    E , era uma vez ,
    há « long , long time » ,
    uma língua bela
    que se finou «soez».

    (Escrito na Escola Sec: Alfredo da Silva
    em 25 /10/2005 )
    Sabe que mais ,nunca gostei de inglês ...
    Quanto ao »desacordo » ,pode ser que consigamos virar «o bico ao prego » e que não fique tão mau como parece
    Abraço

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