Este blogue foi criado após insistência de muitas pessoas, amigas (assim as considero). Porém não vou utilizá-lo só para a promoção da minha terra, Salvaterra do Extremo, vila de 780 anos, situada (para que conste) no concelho de Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, na província da Beira Baixa. Vou igualmente tentar diversificar os assuntos e trazer aqui alguns que são do meu interesse e espero que sejam do interesse de mais alguém. Mais um leitor que seja, já valeu a pena!
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Blogagem de Junho do Blog " Aldeia da minha vida"
SALVATERRA DO EXTREMO
Plantada em alto monte/ donde a vista é tamanha/ olhando bem, defronte/ se veem terras de Espanha.
Orgulhosa do seu passado/ heróica diligente e altaneira/ sua função, cá deste lado/ manter, de Portugal, a fronteira.
E o Erges que, antigamente/ fazia aos dois povos negaça/ é quem, no presente/ os une e os abraça.
Quem chega tem, à entrada/ como surpresa primeira/ a nossa “volta da estrada”/ a subir, numa ladeira.
E, caminhando pela estrada/ tem, do lado direito, o Cruzeiro/ desta terra abençoada/ abençoando o forasteiro.
Por fim, quem diria/ qual pintura num quadro/ a Igreja de Santa Maria/ altiva enchendo o Adro.
D. Sancho, o segundo/ lhe deu foral, o primeiro/ e Salvaterra entrou no Mundo/ para um lugar cimeiro.
O rei aos Templários a cedeu/ para que dela cuidassem/ cobrassem algum de seu/ e também a povoassem.
Mas a Ordem do Templo/ não soube, não pôde ou não quis/ e, para servir de exemplo/ lha retirou D. Dinis.
Tem uma Igreja Matriz/ tão vetusta e altaneira/ que, Deus assim o quis/ fosse a Imaculada a padroeira.
Tem, Santa Luzia e Santo António/ mais a Igreja da Misericórdia/ para afastar o Demónio/ e o povo ter concórdia.
Mais abaixo, na Deveza/ a Senhora da Consolação/ onde o povo canta e reza/ espalhando sua devoção.
Devoção antiga é essa/ que acorre o povo todo!/ Assim se cumpre a promessa/ e se serve um lauto Bodo!
São sempre mais de mil/ que da Santa honram o nome/ e onde até, na Guerra Civil/ muito espanhol matou a fome.
O Pelourinho na Praça/ símbolo perfeito e fiel/ representa, para quem passa/ o foral de D. Manuel.
Tem o Calvário e o Cruzeiro/ pedra dura, trabalhada/ junto ao cemitério, o primeiro/ e o outro, logo à entrada.
É assim a minha aldeia/ apesar de vila ser/ em cada pedra uma ideia/ que a não deixa morrer.
Para esta resenha ter fim/ desde o Algarve a Caminha/ tenho que, cá para mim/ a melhor terra é a minha!
Haverá terra maior/ ou alguma mais na berra/ mas para mim, sem favor/ a melhor é Salvaterra!
Esta é a minha participação na blogagem de Junho do blog "Aldeia da minha vida" que decorre de 10 a 28 de Junho.
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Este poema já conhecia, mas é sem dúvida dos seus melhores sobre Salvaterra. Está cá tudo dito. Nota-se que pôs a alma e o coração neste poema…
ResponderEliminarEstá lindo, como linda é Salvaterra…
Olá, Cristina!
ResponderEliminarConcordo que este deve ser um bom poema. Dir-lhe-ei que apenas será suplantado, em alma e coração, pelo que dediquei a minha mãe, como é natural!
Abraço,
João Celorico