Dia 28 :
Mais um rápido trabalho de carga e descarga e às 16.27h. o navio saiu baía fora, rumo a Moçamedes, aproveitando para apreciar a beleza da restinga.
Lobito. Vista aérea do porto e da restinga |
Dia 29 :
De novo uma viagem nocturna. Ao longe, na costa viu-se o farol no Cuio e ao alvorecer, já dia bem claro, avistamos Moçamedes. Como de costume o navio meteu piloto mas, desta vez foi um piloto especial, o Cunha “Tonelada”! Este piloto, pessoa de bom trato, e como a alcunha deixa adivinhar, é duma envergadura “extra”, ou “king size”. Dizia-se que o próprio navio adornava, quando ele entrava!
Um pormenor característico deste porto é o do vento que, normalmente, sopra do lado de terra, tornando difícil a que um navio com um alto casario, possa acostar. A grande superfície exposta ao vento, oferece uma grande resistência e isso obriga a um maior esforço do rebocador e dos molinetes do navio. Isto tudo, apesar de o cais de acostagem ficar, de certo modo, abrigado e defendido por um morro.
Depois de “vencer” todas estas contrariedades, o “Angola”, passageiros ainda dormindo, acostou às 06.47h.
Como já referi, defronte do cais ficava um morro e a cidade ainda ficava longe.
Moçamedes. Ao fundo, a cidade. |
Moçamedes. Ao fundo, a cidade. À esquerda, está a nascer o terminal mineraleiro. |
À primeira vista, este porto e a cidade não apresentavam nada de especial mas, algumas viagens depois, tive oportunidade de ir à cidade e achei uma terra muito engraçada, terra de pescadores tipicamente portuguesa, muito limpa e luminosa.
Moçamedes. Mais uma vista do porto com a cidade, lá ao fundo. |
Como se ia tornando habitual, atracado no cais, lá estava um navio português, neste caso era o n/m “Niassa”, um dos mais modernos navios mistos , carga e passageiros, da CNN, adaptado ao transporte de tropas.
O "Niassa" |
É possível que alguns passageiros nem se tenham apercebido de que aqui estiveram pois que a saída está prevista para as 10.00h. e, de seguida, rumaremos até Cape Town.
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