quarta-feira, 11 de abril de 2012

O "Angola", vai de viagem... virtual! ( 19 ) ... Ilha de Moçambique - Nacala

Dia 11 :
A operação de carga e descarga, mais aquela que esta, decorreu bastante bem, o que possibilitou que o navio pensasse em sair, cerca da meia noite do dia 10.


Ilha de Moçambique. Vista da cidade.

Ilha de Moçambique. Fortim de Santo António.

Da visita à ilha, cerca de 3 km de comprimento e 300 a 400 metros de largura, entre outros, ficou-nos a ida à Fortaleza de São Sebastião, ao Forte e à igreja de Santo António, ao Palácio dos Capitães-Generais e à capela de Nossa Senhora do Baluarte, aproveitando os serviços dum “riquexó”.

Ilha de Moçambique.
Fortaleza de São Sebastião.
(retirado de wikipédia)

Ilha de Moçambique. Igreja de Santo António.
(retirado de wikipédia)















Pelo caminho, foi com surpresa que deparámos com aquilo que podíamos supor serem máscaras de carnaval. Puro engano, o pessoal feminino, assim disfarçado, estava tão somente usando o “musiro”, devidamente barrado nas suas faces. O “musiro” é uma espécie arbórea, com a devida designação científica, a qual os autóctones, moem e amassam formando uma pasta. Essa pasta é vulgarmente utilizada em cosmética, razão pela qual as “pretitas”, gostando de apresentar uma pele bem macia, não a dispensam. Digamos que é um “faça você mesmo”, de esteticista!



Ilha de Moçambique. "Riquexó" e máscara musiro.
(retirado de http://www.prof2000.pt/)

Ilha de Moçambique. Mulheres macuas.
(retirado de http://www.joraga.net/)



Falta referir que está em construção uma ponte, de cerca de 3 km que ligará a ilha ao continente, ao Lumbo, e tornará mais fácil a vida desta gente.
Convém lembrar que, nesta viagem virtual, hoje é Domingo de Páscoa. Pode não parecer porque o navio não pára e os dias são todos iguais. São todos, dias de trabalho!

Como atrás referi, o navio acabou por sair às 00h 25 min. No regresso, que já está próximo, já aqui não faremos escala. Portanto, façam favor de fazer as despedidas!

Posto isto, rumemos a Nacala, que é já ali!

Pouco mais de 6 horas e já lá estaremos.



A noite vai desaparecendo e nós mar acima, já vamos avistando a baía de Fernão Veloso, antecâmara da baía de Nacala, onde, desta vez, já não ficaremos fundeados, uma vez que o “Angola” já em viagem anterior fez a sua inauguração.

Pouco passava das 05.00h quando o navio se apresentou frente ao cais e eram 06h 55min quando terminou a manobra de acostagem.



Nacala. Praia e cais.
(retirado de http://www.madalas.blogs.sapo.pt/)

A saída, depois de carregar algodão e sisal, está prevista para cerca da meia noite.

Em Nacala, pouco mais terão que ver do que a praia, dum e doutro lado do cais. Porém, cuidado com os “alfaiates”. O tubarão pode andar por ali! Por vezes podem sentir que algo se agita à superfície das águas mas não é tubarão, são os cardumes de peixes-voadores que resolvem pregar sustos ao pessoal. Nunca fiando!

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