Dia 11 :
A operação de carga e descarga, mais aquela que esta, decorreu bastante bem, o que possibilitou que o navio pensasse em sair, cerca da meia noite do dia 10.
Ilha de Moçambique. Vista da cidade. |
Ilha de Moçambique. Fortim de Santo António. |
Da visita à ilha, cerca de 3 km de comprimento e 300 a 400 metros de largura, entre outros, ficou-nos a ida à Fortaleza de São Sebastião, ao Forte e à igreja de Santo António, ao Palácio dos Capitães-Generais e à capela de Nossa Senhora do Baluarte, aproveitando os serviços dum “riquexó”.
Ilha de Moçambique. Fortaleza de São Sebastião. (retirado de wikipédia) |
Pelo caminho, foi com surpresa que deparámos com aquilo que podíamos supor serem máscaras de carnaval. Puro engano, o pessoal feminino, assim disfarçado, estava tão somente usando o “musiro”, devidamente barrado nas suas faces. O “musiro” é uma espécie arbórea, com a devida designação científica, a qual os autóctones, moem e amassam formando uma pasta. Essa pasta é vulgarmente utilizada em cosmética, razão pela qual as “pretitas”, gostando de apresentar uma pele bem macia, não a dispensam. Digamos que é um “faça você mesmo”, de esteticista!
Ilha de Moçambique. "Riquexó" e máscara musiro. (retirado de http://www.prof2000.pt/) |
Ilha de Moçambique. Mulheres macuas. (retirado de http://www.joraga.net/) |
Falta referir que está em construção uma ponte, de cerca de 3 km que ligará a ilha ao continente, ao Lumbo, e tornará mais fácil a vida desta gente.
Convém lembrar que, nesta viagem virtual, hoje é Domingo de Páscoa. Pode não parecer porque o navio não pára e os dias são todos iguais. São todos, dias de trabalho!
Como atrás referi, o navio acabou por sair às 00h 25 min. No regresso, que já está próximo, já aqui não faremos escala. Portanto, façam favor de fazer as despedidas!
Posto isto, rumemos a Nacala, que é já ali!
Pouco mais de 6 horas e já lá estaremos.
A noite vai desaparecendo e nós mar acima, já vamos avistando a baía de Fernão Veloso, antecâmara da baía de Nacala, onde, desta vez, já não ficaremos fundeados, uma vez que o “Angola” já em viagem anterior fez a sua inauguração.
Pouco passava das 05.00h quando o navio se apresentou frente ao cais e eram 06h 55min quando terminou a manobra de acostagem.
Nacala. Praia e cais. (retirado de http://www.madalas.blogs.sapo.pt/) |
A saída, depois de carregar algodão e sisal, está prevista para cerca da meia noite.
Em Nacala, pouco mais terão que ver do que a praia, dum e doutro lado do cais. Porém, cuidado com os “alfaiates”. O tubarão pode andar por ali! Por vezes podem sentir que algo se agita à superfície das águas mas não é tubarão, são os cardumes de peixes-voadores que resolvem pregar sustos ao pessoal. Nunca fiando!
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