sexta-feira, 27 de abril de 2012

O "Angola", vai de viagem... virtual! ( 26 ) ... Lobito - Luanda


Dia 27 :

Eram 05h10min quando o navio ficou defronte da baía do Lobito. Foi quando, lá ao fundo, enquanto divisávamos a entrada da baía, de súbito da água se levantou um cachão e um vulto saindo lá de dentro caiu de seguida no meio de grande agitação das águas. Facto invulgar, mas que nos levou a pensar ser o resultado da luta de um tubarão e uma jamanta (raia gigante).
O navio foi manobrando e quando acostou eram 06h 45min.
Como só vamos sair depois das 20.00h, vou oferecer aos meus adormecidos “passageiros”, além de mais um breve olhar pelo Lobito, uma passeata até Benguela. Talvez valha a pena!
Lobito. Depois do porto, a Colina da Saudade
Saímos do porto e seguindo para a esquerda, avenida acima, passamos pela Colina da Saudade, mais à frente o cinema ao ar livre, “Flamingo” de seu nome, e metemos pela estrada em direcção à Catumbela. 

Lobito. Estrada para a Catumbela.
(retirado de www.angolabelezbelo.com) 
Pelo caminho, vemos, do lado direito, a linha do caminho de ferro, uma extensa plantação de ananás (melhor dizendo, abacaxi) e bananal, e do lado esquerdo, as instalações da “Cassequel”, o Bairro Popular bem no alto dum morro e, numa extensão de vários quilómetros, a plantação de cana de açúcar. Uma plantação a perder de vista e na qual se notam as várias fases, do crescimento até ao corte.

Lobito. Estrada para a Catumbela.
Em baixo, já se vê a plantação de cana e lá no alto, o Bairro Popular.
(retirado de www.nossoskimbos.net)
Depois passamos na Catumbela, junto à estação do caminho de ferro frondosas mangueiras, atravessamos a ponte do rio Catumbela e, por fim, chegamos a Benguela, onde podemos admirar a baía e extasiar com a beleza da “acácia rubra”, em flor.

Benguela. É a acácia rubra e ... palavras, para quê?
(retirado de www.sites.google.com)
Visitamos o moderno Hotel Mombaka e o cinema “Kalunga”, também ao ar livre, como o “Flamingo”. Visto tudo isto, são horas de dar um último olhar pela baía, repleta de barcos de pesca que é farta por estas bandas e de empreender o regresso ao Lobito, comprando algum artesanato, um cachinho de bananas e algum ananás.


Uma vez no navio, os amantes da pesca ou de somente “dar banho à minhoca”, podem tentar a sua sorte porque, basta uma linha com anzol, algum peixito há-de picar. A menos que seja um “baiacu” (estranho nome este, para o que é um peixe balão) que além de cortar a linha com os finos dentes, incha quando sai da água e não serve para comer.
Quem não quiser experimentar, é só aguardar a hora da saída.
 







O navio começa a manobrar às 20h 55min, larga o cais, despede-se da Restinga e às 21h 55min está em mar largo, rumo a Luanda, onde chegará amanhã, cerca das 12.00h.


Lobito. A restinga e a baía.


E como não quero deixar estas terras sem apresentar um exemplar étnico, ele aqui está, devidamente ornamentado!

Mulher "Kaconda"
do grupo étnico "Umbundo"

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