domingo, 28 de junho de 2015

São Pedro vai fechar as Festas !




“são” Pedro está muito assustado,
pede que “são” Paulo o vá ajudar,
pois “santo” António, o malvado,
diz que as chaves lhe quer tirar!

Santo António, é de Lisboa
e o São João é lá do Porto.
O São Pedro já anda a toa.
O arraial está quase morto! 

Para que isto em bem acabe
e pareça nem ter começado,
São Pedro dá a volta à chave.
Pronto! Arraial está fechado!


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Aí vem o São João !




Tal como Pedro, Paulo e António,
já o “Espírito Santo” anda a pecar.
Neste país, tomado pelo demónio,
sobrou o São João para o baptisar!

Vendo que tudo isto está tão mal,
não sei eu o que terá acontecido 
porque o baptismo de Portugal,
o bom São João terá esquecido!

Ciumenta, a minha amada
já não quer comigo casar.
Por uma coisinha de nada!
Viu-me com outra a bailar!

Teus olhos são duas brasas
onde me deixei eu queimar
mas se tu comigo não casas
não sei como o fogo apagar!

Preso dos teus encantos
morria por um beijo teu!
Agora que me dás tantos
o nosso amor já morreu!

terça-feira, 16 de junho de 2015

25 de Abril. Democracia e … Economia!

Este "post", colocado no passado dia 25 de Abril, devido à minha pouca habilidade nesta coisa dos blogues, passou-se e mudou de sítio. Do facto, as minhas desculpas!




Hoje, 25 de Abril do ano de 2015, gostaria de vir aqui tecer loas a um dia 25 de Abril, no já quase longínquo ano de 1974 mas, sinto um misto de dois sentimentos, antagónicos. Por um lado foi um dia de Alegria e Esperança e por outro, face ao que nos trazem os dias de hoje, de Desencanto.

Decerto não irei agradar a muitos, mas ainda tenho a esperança de que não seja só eu a pensar assim. Portanto, como muitos utilizam as palavras chave, “Liberdade”,“Abril” e “Democracia” para todo o tipo de desmandos, eu, depois de ouvir alguns discursos (só parte, porque já não tenho “pachorra” para ouvir tudo), feitos hoje na Assembleia da República e usando dessa mesma Liberdade, aqui deixo algumas considerações sobre um assunto recente. É o caso de que principalmente quando se aproximam eleições, sempre aparecem uns grupos, pleiades de indivíduos especialmente inteligentes que nos demonstram, cientificamente, tudo aquilo que devemos fazer, nunca explicando porque é que anteriormente não foram capazes de evitar o que se foi então fazendo. Porém, podemos estar descansados porque outros, tão ou mais inteligentes que estes, vão aparecer a dizer e provar exactamente o contrário.

No meio de tudo isto, quem pagará a factura será sempre o mesmo!

Abstenho-me de vir aqui trazer o meu caso pessoal e a minha visão do que foram aqueles tempos, só peço que nesta voragem democrática não desvalorizem a memória dos que viveram esses tempos conturbados e que teriam muito que contar, o que não agradaria a boa parte de muitos “democratas” de hoje e também daquele tempo!


Aqui está como este bom povo
acredita em todas as oposições
que lhe trazem um mundo novo
e uma mão bem cheia de ilusões!

Sejam de esquerda ou de direita,
prometem todos muito dinheiro
porque esperam, estão à espreita,
dar o tal saltinho para o poleiro!

E uma vez que sejam lá chegados,
os problemas ganham tal volume
que para não ficarem “queimados”,
metem-nos a nós as mãos no lume! 

Diz-nos uma boca de grossos lábios
as grandes novas que nos trouxeram
uma assembleia de eminentes sábios.
Até hoje, onde é que eles estiveram?

Dizem-se economistas conceituados!
Pois que venham e seja em boa hora!
Bem, mas não sejam envergonhados!
Digam lá, onde estiveram até agora?

Desconfio das eminências da economia
que vão levando todo o nosso  dinheiro.
Confio mais numas contas de mercearia,
rabiscadas pelo meu “pacato” merceeiro!

Será que a economia que nos trazem
é igual àquela que pôs o país a pedir?
Já chega o mal que estes nos fazem!
Vindo da economia, nada nos faz rir!

O truque, conhecido, já é muito velho
e milagres aqui neste país ninguém faz.
Vejam lá que nós até temos um “coelho”,
um especialista, que dá saltos para trás!

Mas o povo parece que é disto que gosta.
Tem alguma atracção para cair no buraco
e agora, estes economistas do chefe Costa,
vão-lhe servir, ou dar, “bacalhau a pataco”!

E nesta tão falada crise de austeridade,
muito fácil é dizer o que se deve fazer.
Difícil é arcar com a responsabilidade,
porque isso, é só ao povo que faz doer!

Mas se este bom e crente povo é assim, 
tudo aguenta, fazendo jus às suas raízes,
um desejo eu tenho e não é só para mim.
Aguentem, divirtam-se e sejam felizes!

Será assim? Será o fim da austeridade,
esta oferta com raminhos de incenso?
Ninguém saberá se é mesmo verdade,
por isso, aqui só deixo o que eu penso!

Tudo isto, me faz lembrar casamento.
A nossa sina não me parece diferente
e unimo-nos, até ao último momento,
para o bem e para o mal, a tal gente!

E poderemos dormir bem descansados
pois nunca mais teremos um pesadelo,
porque os políticos, bem intencionados
e carinhosos, nos tratarão com desvelo! 


 

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Um "milagre" de Santo António !


                           


                       Um “milagre” de Santo António

Santo António subiu à Sé,
p´ra daí ver Lisboa inteira.
Viu povo, bem cheio de fé
mas, tão vazia a algibeira!

E o povo quando o santo viu,
para que o adore e consagre,
em coro orou, clamou, pediu
que logo fizesse um milagre!

Que todos lhe tinham devoção!
Que ele era bom casamenteiro!
Mas, deles era outra a ambição.
Ter no seu bolso bom dinheiro!

O santo encheu-se de garra
e a tanto não se fez rogado.
Deitou mão a uma guitarra
e do sermão, saiu um fado! 

E o dizia, como por encanto,
o bom santinho milagreiro!
Decerto sabeis, eu sou santo
e um santo não é banqueiro!

E o fado acaba como sermão:
“Não há mal que sempre dure”!
Peçam milagres ao São João!
Vos baptizou, que vos ature!

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Um "Santo" António ... desfasado!

Com as minhas humildes desculpas ao Homem que foi Fernando Bulhões e de quem, indevidamente, aqui me sirvo da sua imagem!

( Aproveito, igualmente, o "fervor" patriótico que emanou deste Dia de Portugal, para pôr este "Santo" à consideração do povo lusitano. Tenho dito!)



 
“Santo” António, olha o ingrato,
com Lisboa desfez casamento!
Agora, dá os sermões no Rato 
e quer ir pregar em São Bento!

“Santo” António, fez-se “grego”, 
tal como nos iremos ver, eu e tu.
Nos sermões, cresce o emprego
e para descer mesmo, só a TSU!

“Santo” António, traz nova vida
e querendo dar-nos outro alento,
diz que até as marchas na avenida,
em desfile, honrarão…São Bento!

 “Santo” António, de palavra brilhante,
eis que desceu lá do alto do seu andor
e por milagre ali abriu um restaurante!
Sugestão do chefe: “Coelho à caçador”!

“Santo” António, reza uma Avé Maria!
Por “milagre” já deixaste de ser mudo!
De taumaturgo viraste para economia
e “milagre”, já tens resposta para tudo!

“Santo” António, estaria contente
e até já nem precisaria de escolta
se entre a imensa mole de gente
ele enxergasse o 44, já de volta!

“Santo” António, vê onde te metes!
Cuida das tuas conversas com Baco,
pois se não “cantas” o que prometes
depressa metes  a tua viola no saco!

“Santo” António, porque tratas assim
os tão crentes da tua figura idolatrada?
Quer-me parecer, cá muito para mim, 
que trazes duas mãos cheias ... de nada!