sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Eu ... e os aviões ! ( 2 )


Boeing 737 - 300
Airbus A 300
Conforme prometido, desta vez vou colocar fotos dalguns aviões de companhias estrangeiras, muito embora não sejam todos aqueles em que viajei. Apertem os cintos e vamos levantar voo!



Airbus A 300
Airbus A 300
Aibus A 310-200
Airbus A 320-200
Lufthansa, Airbus A 340-200
Boeing 727 Europa Jet
McDonnell Douglas DC10-30
DC10 e Boeing 747
no Aeroporto Internacional Schiphol, Amsterdam

(continua)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Eu ... e os aviões ! ( 1 )


Já disse que não tinha especial apetência por barquinhos, apesar de desde muito cedo começar o meu contacto com eles. Pois bem, por parodoxal que pareça, também essas “coisas que andam no ar” não me cativaram sobremaneira, isto apesar de, desde os meus 4 anos, beirão largado na aldeia “saloia” do Algueirão, o som algo roufenho dos motores das “avionetes”, lá no alto, fizesse parte dos meus dias, principalmente no Verão. A base da Granja do Marquês, ali bem próxima, fornecia-nos o som ambiente que se sobrepunha à pacatez do lugar, onde só haviam carroças, “bicicletes” e alguma “caminete”.
Parece, então, estranho que nem aviões nem barcos me tenham seduzido. O facto é que o que eu gostava era do campo, de andar à solta  e de jogar “à bola”. Também, ao contrário do que seria normal, as minhas férias eram passadas em Lisboa. Embora de satisfação por estar junto do meu irmão, tios e avó, eram um verdadeiro sacrifício! “Galinha de campo não queria capoeira”!
Mas a roda da vida desandou e os barcos “apanharam-me”. Para sempre! E, foi por mor deles que fui “obrigado” a viajar de avião. E não foram poucas as vezes!
A primeira viagem, Lisboa – Londres – Newcastle, em Outubro de 1971, nem foi uma estreia muito má. 
Este é o "Caravela", da TAP, ainda Transportes Aéreos Portugueses,
que promoveu o meu "baptismo aéreo".
Por casualidade tivémos a companhia da equipa de futebol do Sporting, que se deslocava a Glasgow, onde infelizmente perdeu. Mas, como dizia, deu para me amenizar a viagem e ver o pavor que o Yazalde, sentado perto de mim, sentia ao saber os pés longe do chão! O rapaz, nem abriu boca durante toda a viagem!
Ora, após esta 1ª viagem, algumas outras se seguiram e nelas, com algumas peripécias pelo meio, fui tomando contacto com companhias de aviação e seus aviões. Lembrei-me, então, de fazer aterrar aqui alguns deles!
Aqui, estão! 

Claro que apenas vou colocar alguns dos aviões que me levaram por esses ares fora! E, como é lógico, começo pelos portugueses:

Boeing 727
Boeing 737
TriStar 500
A310-300
 A340
Quanto aos portugueses, é tudo o que posso apresentar. Para os amantes deste género, em próximo "post" aqui deixarei, em continuação, alguns dos estrangeiros!

(continua)

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ainda ... Frei Lopo Pereira de Lima (história versejada)




Frei Lopo Pereira de Lima, Balio de Leça

Com o apoio do companheiro,
o seu chefe e seu irmão Diogo,
Frei Lopo, de Malta cavaleiro,
entrou na Galiza e foi dar fogo.

E foi sempre, com seu irmão,
que foi andando nesta guerra.
E glória, de Portugal e D. João, 
foi que  tomaram Salvaterra!

Tomada esta praça, então
uma empresa de tanto valor,
se apressou muito D. João,
nomeando-o, Governador!

A guerra ficava mais mansa
naquela fronteira do Minho.
Tanta guerra, também cansa!
Frei Lopo temia ficar sozinho!

Por tudo aquilo que eu sei,
seu irmão ia fazer-lhe falta,
pois por carta escrita ao Rei,
dizia-lhe querer ir a Malta.

Para não ficar sem o mano,
Frei Lopo Pereira, submisso
escreve então ao soberano
e oferece-lhe o seu serviço!

Oferecimento tão estranho
este de Frei Lopo Pereira
que com denodo tamanho
defendera a sua fronteira!

O rei em carta mui honrosa,
dado que estava em guerra
gostou muito de tal prosa,
e “deu-lhe” ele Salvaterra!

Do Extremo, diz alguém. 
Só acredita quem queira.
Salvaterra, eu acho bem,
mas não é aquela da Beira!

Haja, informação mais precisa!
Eu digo que isso não o temo,
Salvaterra será pois, da Galiza ,
para mim, não é a do Extremo!

Mas não foi muita a satisfação,
Frei Lopo tinha outro objectivo.
Governador da Guerra do Sertão 
talvez fosse um bom motivo!

Isso era o que D. João pensava.
Frei Lopo Pereira pensava maior!
Assim, ele ao seu rei se negava,
que o seu destino, era ser Prior!

Sentindo já do irmão a sua falta
e como um frade também mente,
pede ao rei que o deixe ir a Malta
pois tem o seu irmão ... “tão doente”!

Tardou o regresso a Portugal,
mas foi com grande esplendor.
O irmão, esse, estava tão mal
que Lopo veio de lá feito Prior!

Era o que ele pensava e dizia
a todos os que o queriam ouvir.
Porém se o rei não lho permitia
nenhum outro lho ia permitir.

Assim, Lopo Pereira de Lima,
teve de usar, mas com recato,
o título que lhe estava acima.
Tal era o de ser, Prior do Crato!

E se coisa assim nunca se viu,
para que ninguém o esqueça,
ficou e para sempre, só Balio
das terras, no mosteiro de Leça!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Frei Lopo Pereira de Lima, governador de Salvaterra ... do Extremo ? Coincidência curiosa ou erro histórico ? ( conclusão )


São eles, por exemplo:
a)      Tudo leva a crer que Fr. Lopo Pereira de Lima, sempre se manteve nas lutas da fronteira minhota, na companhia de seu irmão. Em 1643, esteve na tomada de Salvaterra, praça de que era seu governador no ano de 1644 e cujo cargo  exerceu, pelo menos, até Maio de 1645. Tudo isto faz sentido.
b)      O que cria algumas dúvidas, é o porquê da nomeação, em Outubro de 1645, para governador de Salvaterra do Extremo, praça a que nada o ligava. E essas dúvidas não parecem ser esclarecidas quando se lê na “Nova Malta Portuguesa”, escrita em 1800, o seguinte:
“Nela lhe certificou o mesmo Sr. Rei D. João IV, ter recebido a sua carta de 2 do presente, dando conta do bom ânimo em que se achava de se empregar no Real Serviço, no governo dessa Praça de Salvaterra (do Extremo), de que o tinha encarregado, com o zêlo e cuidado com que até então o fizera na mesma Fronteira.”

Quando se diz “dessa Praça”, parece estar a referir-se a uma Praça na qual Lopo Pereira estaria. A colocação de “(do Extremo)”, parece ser uma interpretação do autor, pois não parece crível que esteja assim, entre parêntesis, no documento real, uma vez que é normal, nos documentos conhecidos, Salvaterra do Extremo ser identificada apenas por Salvaterra ou, por vezes, Salvaterra da Beira. Por último diz o autor também, “de que o tinha encarregado, com zêlo e cuidado com que até então o fizera na mesma Fronteira”. Diz “que o tinha encarregado” e não de que o ia encarregar. Diz “com zêlo e cuidado com que até então o fizera na mesma Fronteira”, quando é sabido que, “até então”, Lopo Pereira sempre o fizera noutra e não na “mesma Fronteira”!

Ora o que nos parece é que Frei Lopo Pereira de Lima, nunca terá sido nomeado Governador de Salvaterra do Extremo, mas apenas foi reconduzido no governo da praça de Salvaterra (de Portugal, do Minho, ou da Galiza, conforme as conveniências) que, embora se tenha mantido portuguesa até ao fim das guerras da Restauração, foi devolvida a Espanha.

Pedra de armas, seiscentista, com o brasão dos Pereiras, na Casa de Bertiandos
(retirado de www.cm-pontedelima.pt)
Já vimos, pois, que Frei Lopo Pereira de Lima que tanto ansiava o cargo de Prior do Crato, muito embora nomeado, nunca o pôde utilizar na sua plenitude com as mordomias a ele devidas.
Por outro lado, também se vê o quanto ele ansiava esse cargo e rejeitava tudo o resto. Se não, vejamos:
-         A sua carta de 2 de Outubro de 1645 obtém resposta de D. João IV a 15 do mesmo mês. Não se sabe qual a sua reacção a essa carta, mas julga-se não ter sido de muita satisfação. Já antes, no dia 7 de Julho, o seu irmão, Diogo de Melo Pereira, tinha enviado uma carta a D. João IV, pedindo licença para se deslocar a Malta, e para a qual obteve uma honrosa carta de permissão, no dia 5 de Novembro de 1645.
-         No entanto, Diogo de Melo Pereira, só em Maio de 1646, usou da licença que D. João IV lhe havia dado!
-         Entretanto, D. João IV resolve nomear Fr. Lopo Pereira de Lima para governar a guerra do Sertão, em Pernambuco, escusando-se este a tal nomeação, invocando a necessidade de ir a Malta render seu irmão.
-         D. João IV, porém, em carta datada de 4 de Julho de 1646, escrita em Alcântara (será, em Lisboa?) mostrando grande consideração, sempre lhe foi dizendo que estimava que o seu irmão se encontrasse de boa saúde e pronto a voltar ao reino para que ele, D. João IV, pudesse contar com pelo menos um deles, já que não podia contar com ambos.
-         Em Outubro de 1646, sabe-se que o governador da praça de Salvaterra do Extremo já era o capitão Simão Fernandes Faria.

Para terminar, talvez possamos concluir que a Lopo Pereira de Lima, que andava sempre na sombra do seu irmão, a partir de 2 de Outubro de 1645 e até, no máximo, ao mês de Julho do ano seguinte, só o norteava o ambicionado cargo de Prior do Crato. Portanto, mesmo que tenha sido Governador de Salvaterra do Extremo (o que me permito duvidar), foi um governador ausente, uma vez que nunca sequer é referido nalgum episódio de guerra ocorrido naquela terra.

Assim, Fr. Lopo Pereira de Lima, terá sido um Prior do Crato sem honras (honras de conde, ou ainda mais que isso), um Governador da Praça de Salvaterra sem se saber ao certo de qual Salvaterra e sem deixar rasto e poderia ser Governador da Guerra do Sertão mas, a sua ambição era outra! Aliás, a sua carta de 2 de Outubro parece fazer parte dum plano destinado a, previamente, obter as boas graças de D. João IV, de modo que a sua aceitação à nomeação do novo Prior do Crato fosse quase certa e não apenas para “oferecer os seus serviços”, que era coisa que ele vinha fazendo já desde 1641!

sábado, 10 de novembro de 2012

Frei Lopo Pereira de Lima, governador de Salvaterra ... do Extremo ? Coincidência curiosa ou erro histórico ? ( 1 )


A coincidência de várias terras com a designação de Salvaterra (casos de Salvaterra de Magos, Salvaterra do Minho e Salvaterra do Extremo que também já foi só Salvaterra e Salvaterra da Beira), dá origem a algumas confusões nos relatos históricos que nos foram chegando.
Assim, vamos tentar decifrar o que se passa com a nomeação do Balio de Leça, para ... Governador de Salvaterra do Extremo!
De acordo com o livro “Memórias históricas da antiguidade do Mosteiro de Leça, chamada do Balio”, da autoria de António do Carmo Velho de Barbosa, editado em 1852, consta que:
Em carta de 2 de Outubro de 1645, o Balio, Fr. Lopo Pereira de Lima terá oferecido os seus serviços a D. João IV. Estávamos em plena consolidação da Restauração da Independência de Portugal. Consta, então, que o rei lhe terá respondido, nesse mesmo mês de Outubro de 1645 (terá sido a 15 de Outubro!), com palavras de muito apreço e afecto, nomeando-o para Governador de Salvaterra do Extremo. Algum tempo depois nomeou-o para governar a guerra do Sertão, em Pernambuco mas Fr. Lopo Pereira de Lima, escusou-se a tal nomeação, invocando a necessidade de ir a Malta render seu irmão, Fr. Diogo de Melo Pereira. No entanto esta escusa, e a ida a Malta, não teria outro objectivo que não fosse o de criar condições para ser nomeado para o Grã Priorado do Crato, ideia que já traria há algum tempo. D. João IV, porém, em carta datada de 4 de Julho de 1646, escrita em Alcântara (será, em Lisboa?) mostrando grande consideração, sempre lhe foi dizendo que estimava que o seu irmão se encontrasse de boa saúde e pronto a voltar ao reino para que ele, D. João IV, pudesse contar com pelo menos um deles, já que não podia contar com ambos. Bem “mexidos os cordelinhos”, a Ordem de Malta (da qual dependia o priorado do Crato) nomeou Fr. Lopo para Prior do Crato. Logo que disso teve conhecimento, o Rei não se mostrou assim tão cordato e tratou de impedir que tal nomeação se tornasse efectiva. Esta atitude do Rei, baseava-se em que ele mesmo pretendia esse lugar para o Infante D. Pedro (que viria a ser D. Pedro II).
Com a morte de D. João IV, voltou Fr. Lopo à carga fazendo diligências, junto de D. Afonso VI, para que os seus anseios fossem concretizados. Debalde o tentou pois que o Rei o honrou apenas com uma carta de louvor pelos seus serviços e de seu irmão, mas lhe proíbe “absolutamente de usar tal nomeação”, nem dalgum título que pudesse advir dela.
No entanto no seu epitáfio sepulcral que ele próprio mandou construir, lá está. “Aqui jaz Fr. Lopo Pereira de Lima, Gran Prior do Crato, Balio de Leça…”
Túmulos de Frei Lopo Pereira de Lima de seu irmão, Frei Diogo de Melo Pereira
(retirado de www.cm-pontedelima.pt)
Perante o que aqui nos é relatado, surgem-nos algumas dúvidas, pelo que vamos tentar relembrar o trajecto de Fr. Lopo Pereira de Lima, cavaleiro da Ordem de Malta, durante as Guerras da Restauração.

Frontispício do folheto "Relaçam da entrada que fizeram em Galiza
os Governadores das Armas da Provìncia de Entre Douro & Minho"
(retirado de www.cm-pontedelima.pt)
Em 9 de Setembro de 1641, aparece juntamente com seu irmão Fr. Diogo de Melo Pereira, também cavaleiro da Ordem de Malta e governador das Armas de Entre Douro e Minho, na entrada que se fez na Galiza, em Porto de Cavaleiros. Sempre acompanhando o seu irmão, defendendo as fronteiras do Minho, nelas se foi distinguindo, até que em 1644, ainda em data posterior a 17 de Maio, era Governador da Praça de Salvaterra. Esta Salvaterra, era chamada da Galiza, do Minho ou, depois de tomada, Salvaterra de Portugal.
Ora, no dia 2 de Outubro de 1645, Fr. Lopo Pereira de Lima escreveu carta a El-Rei D.João IV, à qual este respondeu no dia 15 desse mesmo mês, e segundo dizem alguns, nomeando-o Governador de Salvaterra ... do Extremo!
Tudo pareceria normal, se não aparecessem vários factos que me permitem duvidar desta nomeação.

(continua)

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Mais um ... Dia de Finados !



(retirado de Katrix.com.br)
Mais um ... Dia de Finados

À campa rasa, em pedra fria,
como remindo seus pecados,
o povo crente, qual romaria,
vai chorando os seus finados.

É chorando, na campa fria,
fria, mas hoje bem florida,
que eu relembro, neste dia,
quem um dia me deu a vida!

E é, também, num segundo,
que nesta hora de Saudade,
lembro os que deste Mundo
se passaram! À Eternidade!