quarta-feira, 13 de abril de 2011

Santa e Feliz Páscoa !

Com os votos de Santa e Feliz Páscoa, para os meus amigos, seguidores e todos que por aqui passarem, deixo uma estampa e uns versos alusivos à quadra.
A estampa foi, como talvez se possa ler no reverso da mesma, “Prémio de um campeonato de chamadas”, na aula de Religião e Moral, quando eu andava no 1º ano do Ciclo Preparatório. Vejam bem, naquele tempo até havia aulas de “Religião e Moral”, com campeonatos de chamadas e tudo. Uma “crueldade”! Hoje em dia, aulas de Religião, são uma “seca”. O melhor é curtir “bué” uma qualquer coisa, seja lá o que isso for. Mas, se a Religião é uma “seca”, a “Moral”, então, nem se fala, isso é coisa que já ninguém sabe o que seja. Era, realmente, uma disciplina que agredia a mentalidade de qualquer estudante. Há casos de alunos que nunca mais recuperaram, tal foi o trauma. Era bastante notada a falta de psicólogos!








Pois bem, a professora, Maria Luísa Val do Rio, ofereceu-me a estampa escrevendo, ainda, as seguintes palavras: “Desejando que sejas sempre um exemplo bom para os colegas”.
Como ela depositava tanta esperança naquele miúdo de onze anos…
Sem grande esforço, tenho feito aquilo que julgo ter sido possível. Se o consegui, outros o dirão!






Para amenizar um pouco, aqui deixo também uns versos:

A aldeia, por tradição,
tem nela, enraizado,
a Quaresma, a Paixão
e Cristo ressuscitado!

E, antigamente, o prior,
uma tradição quase morta,
levava o Cristo Redentor
a beijar, de porta em porta.

Mas, neste mundo novo,
nem tudo o tempo levou.
Aleluia, meu bom povo,
já Cristo ressuscitou!

É bom que nos lembremos,
ao carregar nossa cruz,
que todos nós louvemos
ao Filho de Deus, Jesus!

As lendas e as tradições
é bom irmo-las mantendo,
pois alegram os corações.
Com elas, vamos vivendo!

E é tão simples, tudo isto!
A boa Páscoa é dar perdão,
lembrar a Paixão de Cristo
e louvar sua Ressurreição!

7 comentários:

  1. Olá amigo João,
    Infelizmente tantos valores se foram perdendo ao longo dos anos, neste nosso Portugal, neste passar de geração em geração…
    Hoje nas aulas de Religião e Moral, deve ser mais o que o professor aprende com os alunos, do que aquilo que os alunos aprendem com o professor.
    Mas como diz e bem: “nem tudo o tempo levou”, e cá estamos, ainda, alguns de nós a tentar incutir nos nossos filhos, os valores que julgamos correctos, e que recebemos de nossos pais.
    Está em cada um de nós fazer por um Mundo melhor…
    Uma Santa e muito Feliz Páscoa, na companhia de seus familiares.
    Tudo de bom!

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  2. Olá João ,mais um belo texto de recordações ... Quero acreditar que alguns desses valores ainda não se perderam todos .Ás vezes , em tempos de crise eles ressuscitam .
    Creio que a professora estará ,onde estiver , satisfeita com o aluno
    Uma boa Páscoa
    Quina

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  3. Olá, Cristina!
    O problema é que eu não sei quem é que aprende com quem!
    Esperemos que o defeito seja só meu e o futuro nos reserve qualquer coisa de bom...
    Com os exemplos que vamos tendo, vai ser difícil pois multiplicam-se os que parece quererem pôr isto ainda pior.
    Tenhamos Esperança, como já os nossos pais tiveram!
    Até lá, Boa Páscoa e tudo de bom!

    Abraço,
    João Celorico

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  4. Olá, Quina!
    São recordações de quando a "mocidade era risonha e franca", que eu não esqueço e recordo sempre. Não apenas com saudade mas como exercício de memória e reflexão, onde não esqueço colegas e professores, alguns, poucos, porventura pelas piores razões, mas sem azedume. Todos contribuiram para aquilo que eu sou hoje e a todos eu estou grato. E tudo isto, ciente de que esses tempos não voltam mais, mas ajudam a encarar melhor o presente e o futuro.
    Em tempo de Páscoa, ajudam ao perdão...
    Uma Boa Páscoa também para si e para os seus, em terras da Egitânia.

    Abraço,
    João Celorico

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  5. Olá amigo João,
    Espero que tenha tido uma boa estadia em Salvaterra e uma excelente Páscoa.
    Aproveito para aqui responder ao último comentário que deixou em meu blog. Engraçado que no dia em que o enviou, já estava eu em Salvaterra, e àquela hora, à beira rio, a rir-me das peripécias de certos “pescadores”…
    Pois, acho que fez muito bem em fazer as suas pesquisas no próprio terreno. Não há como ir ao local, observar com olhos de ver, e falar com as gentes da terra, um testemunho valioso e credível que confirma e acrescenta saber ao seu estudo.
    É sempre um prazer ler sobre Salvaterra e a sua História. Acredite, através das suas pesquisas, muito tenho aprendido. Já sabia que Salvaterra era histórica, mas saber os pormenores de certos factos, deixa-me deliciada. Só queria “contagiar” meu filho, para que ele nunca perca o interesse e gosto que tem, em ir a Salvaterra. Agora é criança e adora a liberdade que a vila lhe proporciona, mas quando crescer, não sei o que verá na vila, para além da terra de seus antepassados.
    Esta Páscoa estivemos lá uma semana. Uma semana que o tempo resolveu “estragar” com tanta chuva. E nada tenho a contar de como foi a tradicional Segunda-feira. Sei que houve apenas procissão; sei que este ano Salvaterra não recebeu tanta gente como costumava receber em anos anteriores…
    Infelizmente, tive de vir embora no Domingo de Páscoa, e talvez tenha perdido o melhor da “festa”.
    Quando estava a carregar o carro para me vir embora, apareceu o Sr Ramiro. Outro apaixonado por Salvaterra e sua História, com quem sei, partilhou ideias e muito bem.
    Ele é que me disse que o amigo João estava em Salvaterra desde Sábado, pois eu não sabia. Quando me disse onde tinha ficado hospedado, ainda pensei antes de ir embora, porque ainda tinha 1 hora e tal, ir lá dizer-lhe olá, só que depois ele disse que se costumavam levantar tarde, e pensei que o iria acordar e não quis incomodar.
    Disse a minha mãe para ela pedir ao Sr Ramiro para lhe dizer quem era o João Celorico, para ir ter consigo e lhe dar um beijo por mim, mas ainda não sei se teve oportunidade disso.
    Para a próxima, fica a saber, está à vontade para bater à porta da casa em frente ao Sr Ramiro. Teremos muito gosto em recebê-lo.
    Um abraço e tudo de bom!

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  6. Olá, Cristina!
    Bem haja, por tudo quanto me conta. No entanto o sr. Ramiro tem que ser "demitido" das funções de informador... Então, chama-me preguiçoso sem quê nem porquê?
    É um facto que só me encontrava com ele durante a parte da tarde, mas daí a dizer que dormia até tarde, vai um bocadinho. Na sexta-feira, levantei-me às 7 da manhã e depois duma viagem com algum atraso antes de Torres Novas, já só almocei nas Termas. Logo nessa tarde fui a Salvaterra, onde falei com o anterior Presidente da Junta de Freguesia que, por mero acaso (outra vez o acaso) tinha ligado para minha casa, 2 dias antes, "ofendido" com um artigo do "Raiano" que eu, afinal, não tinha escrito. Aproveitei para o informar da minha ida a Salvaterra e que o iria contactar.
    Ficou aprazado um encontro, no dia seguinte, com o sr. Ramiro e o sr. José Manuel Moreira que só foi à tarde porque eu, que estava hospedado nas Termas, aproveitei a manhã para ir a Penha Garcia. No domingo, também só me encontrei com eles, de tarde, porque de manhã fui a Cilleros meter gasolina e aproveitei para entrar em Salvaterra pelo açude. Na segunda feira, lá estive, durante a manhã, a ver a procissão e a sair, para a viagem de regresso, depois de concluida a missa.
    Acresce que eu não ia sozinho, levava dois "atrelados" (as minhas filhas) que me retardavam um bocadito. Explicado isto, tive pena de não a encontrar pois passava à sua porta e não vendo sinais de gente, seguia viagem. Fica para a próxima!
    A visita foi bastante proveitosa para mim e, penso, para mais alguém, pois havia algumas "teias de aranha" na minha cabeça e nas de quem escreve algumas coisas menos correctas e havia que esclarecer isso. Leva tempo mas as pedras da história de Salvaterra vão sendo levantadas e debaixo de cada uma há sempre mais qualquer coisa. E, é isso que me anima , e a outros, a continuar. Eu próprio fico admirado com muito do que vou descobrindo mas que só vem provar, realmente, a importância de Salvaterra. A seu tempo irei pondo alguma coisa do que vou sabendo. Se haverá livro ou não, a ver vamos, mas é quase certa a saída dum livro feito pelo srs. Ramiro e José Manuel Moreira que farão o favor de me dar a conhecer antes de ir para o prelo, para alguma possível correcção. Aguardemos!

    Abraço,
    João Celorico

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  7. Olá amigo João,
    Isso é que foi uma agenda sempre cheia, hein? Já vi que tentou tirar o máximo partido da sua ida a Salvaterra, e tenho a certeza que muito ficou por fazer, pois uns poucos dias não chegam para todos os nossos projectos.
    Os seus “atrelados” é que tiveram sorte, por ter um guia que tanto sabe da vila.
    Quanto ao livro dos srs. Ramiro e José Moreira já sabia. E vou eu dar-lhe uma novidade: vai ser publicada nele uma foto de meus avós… Uma foto que o Sr Ramiro descobriu na net, numa das suas pesquisas. Para nós, uma autêntica relínquia fotográfica, pois já não se fazem fumeiros na família…. Já não há quem crie porcos…
    Mas agora que meus pais decidiram migrar para a vila, quem sabe…?
    Sabe o que disse um dia destes o neto ao avô?
    “-Sabes avô, tens muita sorte por seres reformado. É que assim podes ficar em Salvaterra o tempo que quiseres. Eu também queria ser reformado…”
    Um abraço e tudo de bom!
    Cristina.

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