Como estamos em tempos de crise, vou aproveitar o São Martinho para fazer uma pequena promoção. É o que se poderá chamar 3 em 1! Por muito que se esforce, o São Martinho não consegue dissociar-se do vinho e da castanha (do aquénio, propriamente dito, pois à outra não à santo que lhe valha!)
Se S. Martinho
adivinhasse,
deste mundo seu
desvario,
talvez sua capa não
cortasse
e o pobre morresse de
frio!
O que vejo, com muita
pena,
é que neste mundo
civilizado,
são os de capa mais
pequena
que dão sempre maior
bocado!
Se muita castanha
comer,
até ficar bem
enfartado,
com vinho, pode crer
que até cantará o
fado!
Claro, se castanha
comer
e ficar bem entornado,
de tudo o que
acontecer
é São Martinho o
culpado!
E, se acabado o
magusto,
nem se conhecerem os
pais
não é motivo para
susto
pois para o ano há
mais!
Até o São Martinho,
para mitigar sua dor,
bebeu, só um copinho,
e do frio se fez
calor!
Passado o efeito do
vinho,
o povo mostra sua
devoção
e agradece a São
Martinho
ter feito, do Outono,
Verão!
Bebam mas,
moderadamente,
senão, ai, ai, perdem
a razão!
Depois, pr’ó ano minha
gente,
São Martinho não traz
Verão!
A ciência nos
apresenta
coisas duma verdade
tamanha!
Castanha não é
cinzenta,
castanha é mesmo
castanha!
A mãe não é a
castanheira,
e deve ser filha
adoptiva,
de pai de origem
estrangeira.
Um tal de “Castanea sativa”!
Mas coitadita da
“miúda”,
deve ter muito mau
génio.
Toda essa gente,
“graúda”.
diz que ela é um “aquénio”!
Seja lá o que isso
for,
eu nisso mais não
cismo,
mas não deve ser
melhor
que crise de
paludismo!
O castanheiro está cá,
não sei quem o
“trazeu”,
porém posso dizer, já,
de certeza, não fui
eu!
Como a ciência não
mente,
ficamos a sabê-lo,
agora,
andamos a comer a
semente
e o fruto deitamo-lo
fora!
Era a base da
alimentação!
Pois ainda hoje ela
serve!
Em casa onde não há
pão,
é "castanha" que até ferve!
Bebam, mas com moderação! O São Martinho não tem culpa dos desmandos desta gente e tem que se preocupar em nos dar mais uns lindos dias de sol!
É verdade João e este ano o Santo não se fez rogado e deu-nos mesmo um Verão .Tb o João nos brindou com as suas quadras ,sempre lindas .
ResponderEliminarAgora mudando de assunto : já leu a última revista Adufe ? É que o detaque vai todo para a sua terra
Um abraço
Olá Quina!
EliminarO Santo raramente falha e eu, enquanto o conseguir, tento falhar o menos possível de modo a que não deslustre nem ao Santo nem a mim próprio.
Quanto ao destaque da Adufe, acho muito bem porque Salvaterra ... está em alta! Com esta coisa do "Salva a Terra", lá se vai falando e contribuindo para o não esquecimento da terra. Estive lá, em Setembro, apenas 3 dias, que souberam a pouco mas que me permitiram relembrar e fazer uma visita (caminhada) até à ribeira, o que não é para todos. Com calor, a descer já custa, quanto mais a subir! Foi bom!
Abraço,
João Celorico
Não sei que me anda a suceder ,Ponho comentários que não aparecem...Será que os meus amigos se zangaram comigo ? Ou disse algo que não devia ? João diga-me que se passa .Continuo a gostar das suas quadras ...Creio que São Martinho ,que se portou também dando-nos um belo verão , também deve ter gostado .
ResponderEliminarUm abraço .
Amiga, Quina!
ResponderEliminar“Mea culpa! Mea culpa!”
No que a mim respeita, a explicação é simples. Dantes, eu deixava a porta aberta e toda a gente aqui podia entrar sem sequer tocar à campainha. O problema é que essa gente ia deixando por aqui e por ali o seu comentário e eu, a não ser que fosse nalgum “post” recente, não tinha hipótese de o saber. Assim, por mero acaso dei-me conta de que havia gente que ficava sem resposta. Então, pus a porta na cravelha e quem quiser é só bater ao ferrolho que eu lá vou abrir! Pois bem, o Gmail mudou de visual, eu descuidei-me um pouco e aconteceu o seu comentário ficar sem resposta.
Tão simples quanto isto mas, como quem não se sente ..., fez bem em expôr o problema que a afligia.
Abraço,
João Celorico
P.S. : Se quiser e tiver paciência, pode entrar no blogue www.aldeiadaminhavida.blogspot.com e ver, em Julho de 2009, a "fita" que eu fiz por ninguém ter comentado o meu texto, intitulado "Férias na minha terra",
Pronto João está explicado e perdoado!!!, mas desta vez ,eh! ,eh!!!! Já agora queria perguntar-lhe se lhe posso enviar os contos infantis que como sabe publiquei e que caso não haja crianças por aí , como é o meu caso , poderá sempre aproveitar o Natal para oferecer a alguma que conheça, isto seq uiser... .Pedia então que me enviasse para o meu email , que creio que tem ,a sua morada . Espero a chegada de alguns vindos da nossa terra...Então bem haja e um grande abraço
ResponderEliminarOlá, Quina!
EliminarBem, deixa-me lá responder, que já as orelhas me começam a arder...
Bem haja, pelo perdão, do qual sabia ser merecedor. Para a outra vez, será ...pior!
Por aqui, já não há pessoal menor, é tudo seniores (activos, graças a Deus). Porém fez bem em lembrar pois tenho um sobrinho neto em idade apropriada e começa a ser difícil encontrar alguma coisa para lhe oferecer. Acresce que livros são a minha oferta mais normal. Para o seu email esclarecerei melhor o assunto.
Abraço,
João Celorico
Se muita castanha comer,
ResponderEliminaraté ficar bem enfartado,
com vinho, pode crer
que até cantará o fado!
Eu cantaria o fado,mas com geropiga... ah pois,e daquela que meu pai faz.
Mais uma vez nos deliciou com uma montanha de versos,pois quando se pôe a escrever ninguém o para.
Ana Bernardo
Pois deixe que lhe diga,
ResponderEliminarque não é mal lembrado,
um fadinho com geropiga
seria bem acompanhado!
Mas o fadinho bem trinado,
com a tal geropiga do pai,
fica na garganta afogado.
Depois, nem uma nota sai!
Vou-me calar agora, pois pode pensar que a mim basta-me o cheiro e desafino logo...
Abraço,
João Celorico