segunda-feira, 3 de novembro de 2014

À vela ... ! ( 4 ) Barquinhos para que vos quero...

Desde o dia em que o homem descobriu que se podia deslocar ao cimo de água, montando um tronco, que a sua imaginação e a sua raiz de “homo sapiens”, terá começado a criar o barco e toda a sua evolução. E a sua dedicação a esta causa terá sido tal que, ao longo dos tempos, a representação dos barcos será como que um prolongamento das primitivas pinturas rupestres.

Desenho, talvez, de uma Lara!
(retirado de http://ideiasemateriaisdojardim.blogspot.pt/)

Assim, nas primeiras figuras que qualquer criança começa a rabiscar, normalmente, lá está um barquinho. É, pois, um sentimento enraizado, principalmente por quem vive junto do mar mas também por quem apenas o imagina.
Pinturas de veleiros foram feitas e ainda o são e embelezam paredes de salões e de modestas casas. Veleiros, feitos dos mais variados materiais, tais como bronze, madeira,  marfim e até de paus de fósforos marcam presença em estantes e secretárias de muito boa gente.
A publicidade também não lhe fica atrás e um veleiro é sempre um bom motivo de atracção.

Por constatar estes factos, resolvi trazer aqui alguns exemplos que espero continuem a ser do agrado de quem os vir. 



Em estantes ou sobre móveis, servindo de “bibelots”, é usual verem-se miniaturas de material náutico, tais como rodas de leme, hélices, sinos ou vigias e mais natural ainda, vários tipos de embarcações. Aqui, vemos uma embarcação “viking” e o que será, talvez, uma caravela.


Caixas de fósforos
Na filumenia, representada por estes 3 exemplares de caixas de fósforos, que serão dos anos 70. Dos anos 40, recordo-me dumas caixas de fósforos da Sociedade Nacional de Fósforos, “Caravela”, em fundo verde. 40 amorfos custavam 25 centavos.



Sêlo do Yemen, em 3D
Sêlos de Moçambique, anos 60





A filatelia também apresenta muitas emissões dedicadas a barcos. Aqui, mostro um sêlo, do Yemen, duma série de 4. A curiosidade é a de ser em 3D.
Os outros 2 sêlos, são de Moçambique e circulavam nessa província do ultramar português nos anos 60. Representam uma Caravela Latina de 1460!




Etiqueta de "Mayflower", tabaco para cachimbo
(retirado de www.todocoleccion.net)
O “Mayflower” foi o navio que, saído de Plymouth, em 1620, depois de muitas agruras, transportou os primeiros colonos, na sua maioria puritanos que fugiam do poder da Igreja Anglicana, em direcção ao Novo Mundo e deram origem ao que hoje são os Estados Unidos da América, fundando aí a cidade de Plymouth.
A indústria do tabaco é, pois, natural que tenha recorrido a essa memória!



Prato das Colecções Philae, por ocasião da Expo98




"Old Spice", a evolução dum logotipo
(eu dei-lhe um fundo marinho, a condizer!)
Nesta imagem eu procuro mostrar até onde vai a publicidade. Até prova em contrário,a publicidade, muito boa ou muito má, destina-se a promover um qualquer produto. No fundo qualquer delas serve o efeito pretendido pois que obriga a falar no produto e logicamente a promovê-lo. Não me cabe a mim avaliar da bondade ou não desta publicidade mas parece-me que está aqui um exemplo de como o consumidor, a exemplo do burro, come tudo, é preciso é saber dar-lho.
Este produto começou, fazendo jus ao seu nome, "Old Spice", por apresentar a silhueta dum veleiro (o Grand Turk ou o Friendship), imagem que nos transportava para os velhos tempos dos veleiros e das viagens na rota das especiarias. Até aqui, tudo bem. Porém, a dada altura (talvez anos 70) alguém pareceu ter começado a ter medo do logotipo e reduziu-o de tal modo que é difícil enxergá-lo. Seguidamente, talvez numa onda de modernização, substituiram o veleiro por, ainda, um barco à vela mas que de “old” nada parece ter. E o facto é que também esse símbolo parece estar a desaparecer, face ao que podemos ver nos exemplares mais recentes.
Permito-me pensar que a onda de modernização será tal que não me admira nada de que o próximo símbolo seja uma modernissima (“very young”) prancha de “surf”!
O consumidor não deixará de consumir, antes pelo contrário pois isso vai dar-lhe uma sensação de liberdade e juventude (“Allways Young”). Virtual, claro está, pois o que interessa é convecê-lo disso!
Com isto tudo, não sei se irão aproveitar a minha sugestão e eu ganhe algo com isso ou se algum publicitário ache por bem insultar-me. Já, em tempos alguém dizia: “Estes publicitários são uns exagerados”!
(P.S.: Exactamente hoje, já depois de ter escrito este texto, deparei com a nova colecção da "Old Spice" e, admirado, reparei que tornou ao veleiro inicial mas muito pequenino, quase um borrão! Quererá isso dizer que é um regresso ao passado?)



O “whisky” não podia faltar e uma destilaria escocesa, bem próxima do estaleiro onde foi construído o “clipper”, resolveu, em 1923, aproveitar-se desse facto para o fazer “navegar” pelo mundo fora, não o metendo dentro duma garrafa mas colando nela a sua silhueta. Dentro da garrafa, meteu um líquido que, a quem o beber, pode fazer “navegar” por “mares desconhecidos”!


Uma lâmpada ... com um sonho dentro! 
Por último, não apresento um veleiro metido dentro duma garrafa (trabalho de muito engenho e arte) mas apenas um “litlle” veleiro, metido dentro duma lâmpada, que não é de Aladino mas apenas obra de umas modernas “chinesices”!

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