sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Devaneios ... geométricos !








Como prometi não vir aqui só para falar da minha terra, vou falar um pouco de mim.
Por alturas do aparecimento da “pop-art” e do “design” ocorreu o fim da minha vida académica. Com o tempo mais livre para outras actividades, fiz algumas incursões, a que apelido de devaneios, fora do que me era habitual. E foi assim que, pegando num compasso, desatei a fazer uns círculos que fui dispondo como melhor me pareciam. Quando dei o trabalho por terminado e olhei para ele, fiquei num dilema. Reparei que em vez de um, eu tinha feito dois desenhos. Bastava rodar de 180º o desenho inicial. Tinha duas visões do mesmo desenho. É sobre essas duas visões que eu gostaria que alguém se pronunciasse, se achar que vale a pena. É só para ter uma 2ª opinião!

Mais tarde, irei trazer aqui as minhas incursões no mundo dos "logotipos"!

4 comentários:

  1. Na figura da direita , ao cimo , vejo uma representaçâo do ser humano a partir da cintura ,vejo a força da criação , tendo três pontos fundamentais : a cabeça e nela a mente que se vai expandindo como sucedeu com o Homem na sua caminhada desde o Paleolítico . Depois os seios ,que me recordam as imagens da deusa -mãe ,simbolizando o alimento que ela nos dá para que possamos viver .
    Quanto à outra figura : Os dois cones ,que para mim são mais espirais ,são o elemento que imediatamente se destaca , desdobrando-se , depois e no sentido oposto nos outros dois que parecem situar-se por detrás dos 1ºs .. A mente humana tem aqui o lugar menor e parece mesmo ir esconder-se na mãe terra . Aqui as espirais traduzem , para mim , o sentido que os Celtas lhe deram , o mundo superior , o eterno retorno...
    Esta é a minha modesta interpretação . Gosto da suas obras e acho que deve continuar .
    Um abraço

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  2. Isto tudo, porque um dia se pôs a "brincar" com um compasso. Imagina se fosse a sério...
    Acho que o amigo João quando nasceu foi tocado pela varinha de condão de alguma fada, que o dotou com certos dons especiais do talento.
    Tal como a "Idanhense", também eu vejo na figura da direita, uma figura feminina, mas eu pouco percebo de arte...
    Também acho que deve continuar.
    Um abraço.

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  3. Olá, Quina!

    O bom, destas coisas, é que cada um vê o que sente!
    Eu, confesso, não tive uma interpretação tão rebuscada assim. Foi muito mais simples, até porque o "boneco" nasceu quase por acaso.
    Comecei por fazer os círculos na horizontal e pareceram-me, realmente, dois protuberantes e empinados seios. Resolvi colocar-lhe qualquer coisa semelhante a uma cabeça e deu-me a ideia de qualquer coisa como uma figura de donzela da Idade Média.
    Quando terminei e virei o desenho, veio o dilema. Pareceu-me uma cabeça mitológica, tipo carneiro ou "alienígena" onde os olhos, penetrantes, são mais da mente que do corpo.

    Bem haja, pelo comentário

    João Celorico

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  4. Olá, Cristina!
    Todos somos tocados por varinhas de condão, só que, não poucas vezes, não a usamos. Porque não sabemos como ou porque não nos deixam.
    Pessoalmente nunca me queixo e, de vez em quando, tento usá-la, só que nem sempre sei como e não sai nada de jeito. Deve ser como a toda a gente, afinal!
    Normalmente não sou é de desistir. Até entrar para o ciclo preparatório, sempre me julguei uma perfeita nulidade no desenho. Depois, a ver os outros e a esforçar-me, até já fazia umas coisas mas, nada de transcendente.
    Como já disse, este foi apenas um mero exercício. Depois disto vieram umas incursões no mundo dos "logotipos",de que não me saí mal mas, apenas "amadorísticamente". A seu tempo as trarei aqui.
    Quanto a continuar, nunca é tarde. Porém, eu entrava em concursos, e entro, porque gosto de desafios e, hoje em dia, concursos desse género estão reservados a "designers" e são muito restritos. Posto isto, talvez me entretenha, de vez em quando. Por agora, estou mais interessado em deslindar, e desmistificar, os mistérios de certas ideias feitas acerca da história de Salvaterra. Oxalá o consiga!

    Bem haja,
    João Celorico

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