quarta-feira, 5 de maio de 2010

5 de Maio de...1319...1705...2007, na vida de Salvaterra!


Neste dia, em 1319, fruto do tombo ordenado por si, o rei D. Diniz,por carta régia, decidiu que a vila de Salvaterra da Beira faria parte da Comenda de Santa Maria da Ordem de Cristo. Esta Ordem fora recém-criada, em 14 de Agosto de 1318, a seu pedido, pela necessidade de manter a luta contra os muçulmanos e a defesa da fronteira Sul, e foi confirmada pela Bula Ad ea exquibus do Papa João XXII, de 14 de Março de 1319, devido à extinção oficial, no Concílio de Viena (1311-1312), da Ordem dos Cavaleiros do Templo, retirando assim à vila de Salvaterra alguns dos privilégios e isenções adquiridos através do Primeiro Foral.
Nessa mesma data, de 5 de Maio de 1319, e o castelo de Segura já construído, com os dinheiros provenientes da isenção dos pagamentos desta terra a Salvaterra, o rei D. Dinis doou a vila de Segura à Ordem de Cristo, retirando-a da jurisdição de Salvaterra.

Igreja de Zarza la Mayor, onde se podem ainda ver estragos causados por muitas das lutas da Guerra da Restauração

Também no dia 5, mas de 1705, e após a reconquista de Salvaterra, o Marquês da Minas encetou uma operação de retaliação sobre Zarza la Mayor. Esta não ofereceu muita resistência e a história, já habitual, repetiu-se. Foi tomada e mandado fazer saque para se ressarcir dos danos recebidos no ano anterior, sendo que nesse saque participaram, além dos soldados, muitos populares. Para que a destruição fosse completa mandou, de seguida pôr fogo à vila, demolir os edifícios e tudo o que fosse fortificação.
Há quem diga que, após a reconquista de Salvaterra, o Marquês das Minas reuniu com os generais e tomaram a iniciativa de avançar sobre Madrid!
Este ciclo só terminou em 1713!


A ponte/açude, dita do Vau de Idanha

Por último, no dia 5 de Maio de 2007, foi inaugurada a ponte/açude sobre o rio Erges, obra ansiada há muitos anos e que permite um maior estreitamento das relações, já de si bastante fortes, entre os povos das duas margens que, mau grado todas as vicissitudes da história, sempre viveram de frente um com o outro e se apoiaram nas horas más! A ponte é apenas uma passagem, para a outra margem!

5 comentários:

  1. Belo Trabalho muitos parabèns.São pessoas como vocês, o Senhor e a Cristina que fazem deste nosso cantinho à beira mar plantado,GRANDIOSO.
    Continuem pois vale a pena ler-vos.
    Ana Bernardo

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  2. Olá amigo João,
    Agradeço parte da homenagem que me coube. A rosa é muito bonita, quase que se consegue sentir seu perfume. Ainda bem que não a colheu, pois gosto mais delas no seu espaço natural, em vez de uma jarra.
    Realmente Salvaterra tem em Maio muitos motivos para celebrar. Vejo que essa sua pesquisa, vai dando frutos. Continue assim…
    Quanto à próxima blogagem da “Aldeia”, é como disse à Helena, vou ver se arranjo tempo, pois até ao fim deste mês também está a decorrer um concurso literário, promovido pela Câmara Municipal de Almada, ao qual gostava de concorrer também, se entretanto me vier alguma inspiração, pois ultimamente, inspiração é coisa que não tenho tido…
    Se quiser também pode concorrer. Vá ao site, que lhe deixo em baixo, e aí pode ver as condições:
    http://www.m-almada.pt/xportal/xmain?xpid=cmav2&xpgid=noticias_detalhe&noticia_detalhe_qry=BOUI=34717565&noticia_titulo_qry=BOUI=34717565
    Ainda ontem disse a meu filho: Tiago, vamos concorrer a isto, assim, assim… Ajudas a mãe a inventar um conto para crianças, e depois envia-mos para lá.
    “- Está bem, mãe!” - disse ele.
    Perguntando logo depois: “e o que ganhamos com isso?”
    Fico sempre triste com estas perguntas dele, pois sobressai sempre o interesse, em vez do prazer de fazer algo.
    Por isso lhe respondi: “ganhamos o prazer de poder participar, e depois poder dizer, este texto é obra nossa, saiu da nossa imaginação.
    “- Mas não há nenhum prémio, mãe? – insiste ele.
    “- Há um prémio de € 5000.” – respondi eu.
    “- Ui, isso é muito dinheiro mãe” – diz a sua inocência.
    Acrescentando depois: “- Não te esqueças que se é escrito pelos dois, depois temos de dividir o dinheiro. Mas sempre podemos comprar a tal casa dos nossos sonhos.”
    E com esta me calei…
    Um abraço e tudo de bom para si também.

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  3. Olá, Cristina!
    Boa amiga, bem haja pelas visitas que me vai fazendo e que pode sempre continuar a fazer, principalmente durante este mês, dado que eu me propus levantar uma pontinha do véu da história de Salvaterra! Algumas coisas serão novidade, outras não, mas é bom ir sempre lembrando.
    Quanto a esse concurso da Câmara de Almada, desejo-lhe boa sorte mas, eu fico-me pelas Quadras Populares das Festas de S.João!
    Já participo há mais de 15 anos e já fui contemplado com uma "Menção Honrosa", pois então!
    Não se pode ir a todas...
    Pelo que vejo tem um filho que não sai à mãe. É muito materialista, o cachopo...
    Mas, pelos vistos, a intenção do rapaz é boa!
    Abraço, boa sorte e tudo de bom,
    João Celorico

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  4. Olá, Ana!
    Bem haja pelas suas palavras, exceptuando o Senhor e com letra grande e tudo. Aqui, sou só João...
    Quanto à minha terra, vou fazendo o que consigo e, se isso for alguma coisa de jeito e agradar a que o ler, o objectivo primeiro está atingido.
    Abraço,
    João Celorico

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  5. Só queria salientar que Madrid foi mesmo conquistada por essa altura, mas Filipe V conseguiu com o Duque de Berwick libertar a cidade.

    Depois com o Tratado de Utretch de 1715 terminou tudo e oficializou-se o nascimento oficial de uma nação denominada Espanha, sob o comando de um rei francês, da casa de Bourbon, o que viria a ser terrível para Portugal na Guerra dos Sete Anos e nas Guerras Peninsulares. :(

    Excelente blog!

    Abraço!

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