domingo, 22 de abril de 2012

O "Angola", vai de viagem... virtual! ( 23 ) ... Lourenço Marques - Cape Town

Dia 20 :

Depois de pôr a Máquina em Atenção, desde as 05h 58min, o navio começou a manobrar às 08h 05min e saiu rumo à Inhaca, onde largou piloto às 09h 56min. Aqui chegados, é tempo de recordar os dias passados em Lourenço Marques.


Lourenço Marques. Museu Álvaro de Castro.

Lourenço Marques. Museu Álvaro de Castro.
Interior. Três leões em luta com um búfalo.



Assim, compras feitas, houve tempo para dar mais uma vista de olhos pela Costa do Sol, ir à Polana ver o pôr do Sol e visitar o Museu Álvaro de Castro, um museu de história natural que tem espécimes que dariam para encher outro museu, tal a sua quantidade. No hall de entrada, podem ver-se fantásticas cenas da vida animal. Numa das suas salas, repleta de tubarões, temos de pedir licença para passar entre eles. Noutra sala, podemos ver, em frascos, exemplares do período de gestação do elefante o que embora interessante, nos faz pensar quantas mães e fetos foi necessário sacrificar! Em suma, um museu notoriamente com espaço a menos mas extraordinariamente interessante.


Lourenço Marques.
Praça Mac Mahon e Estação dos Caminhos de Ferro.
Logo à saída do Cais Gorjão, na praça Mac Mahon, lançámos um último olhar ao interessante edifício da Estação do Caminho de Ferro. E, tal como em Lisboa onde, no Cais do Sodré, temos a Estação de Caminho de Ferro, paredes meias com o Cais da Ribeira e os frequentados bares do Cais do Sodré, também aqui temos, qual réplica, os bares e o mesmo tipo de frequentadores, na Rua Araújo.

Lourenço Marques.
Igreja de Santo António da Polana




Lourenço Marques.
Panorama da piscina e jardins do Hotel Polana.
















Lourenço Marques. Clube Naval.


Lourenço Marques.
Avenida marginal. Paraíso dos pescadores.













Lourenço Marques. Vista geral da cidade.
Para lá da Baía do Espírito Santo, a Catembe e, ao fundo, a Inhaca.

Nova visita ao “Scala” e ida aos Correios, para enviar novas para a família e seguiu-se o regresso ao navio e ao trabalho, aguardando a hora de saída, sabendo de antemão que, tendo saído de serviço às 04.00h, teria de regressar à Casa da Máquina ainda mais cedo do que o costume. Às 10.00h o navio já estaria em manobras e eu teria de descer. É um “fim de festa” bastante cansativo e, entretanto, eu ia perdendo alguns quilitos. Apesar de ter apoio de familiares, isso além de trabalho acrescido para eles, trazia menos descanso para mim. Perdoava-se o mal que fazia, pelo bem que sabia e esta ia ser, talvez, a última viagem!


Zavala.
Vista panorâmica das maravilhosas lagoas de Zavala, seus marimbeiros e dançarinos.

Dia 21 :
O tempo refrescou, o mar tornou-se mais alteroso e fortes ventos originavam um incomodativo balanço que havia que suportar com alguma paciência e tentar adormecer quando fosse caso disso. O navio, vento de popa, empina-se nas ondas e chegado lá acima, quando esta lhe falta, como que cai num vazio. Porém, tudo irá correr bem! É só mais um, ou dois dias!

Dia 22 :
À medida que nos vamos aproximando do Cabo, o estado do tempo não tem grande alteração e isso vai provocando algum desgaste, uma vez que parece estarmos permanentemente à procura de equilíbrio. O hábito não nos leva a pensar muito nisso, mas é um facto que desgasta.

Com o tempo assim, pouca vontade temos de observar a costa.
Cerca das 22h 30min o navio apresenta-se defronte do porto de Cape Town, onde acaba por acostar às 00h 02min, já do dia seguinte.



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