Hoje, 3 de Junho do Ano da Graça de 2010, é dia de Corpo de Deus!

Neste mesmo dia 3 de Junho, mas de 1321,
(o Dia de Corpo de Deus seria a 18 de Junho), os juízes principiaram a taxar as igrejas e a de Salvaterra não foi excepção.
Tal facto deveu-se a que Jacques d'Euse, filho de um sapateiro e o 197º a sentar-se na cadeira de Pedro, com o nome de João XXII, personagem controverso, através da bula dada em Avinhão,
cidade que ele tinha transformado em sede do pontificado, tinha concedido a D. Dinis, em 23 de Maio do ano de Cristo de 1320, durante 3 anos, a décima parte de todas as rendas eclesiásticas dos seus reinos, excepto a das igrejas, comendas e benefícios pertencentes à Ordem do Hospital, para subsídio da Guerra contra os Mouros.
Havia que combater o "infiel"!Posto isto o Papa mandou averiguar as tais rendas e neste dia 3 de Junho os juízes não fizeram mais do que aplicar a lei.
Havia que obter receitas. Era o princípio do PEC aplicado aos tempos antigos!No catálogo de todas as igrejas, comendas e mosteiros que havia no reino de Portugal e Algarve no ano de 1320 e 1321, com a lotação de cada uma delas, (ano de 1746 -“Diocese do Distrito da Guarda, pág. 511”, manuscrito n.º 179 da colecção Pombalina da Biblioteca Nacional de Lisboa), vê-se quanto às Igrejas de Monsanto, Segura, S. Salvador, Proença, com a capela de S. Miguel d´Acha, Idanha-a-Nova, com o lugar de Oledo, Rosmaninhal, Salvaterra, Penha Garcia, Sta. Maria de Medelim, Sta. Maria Madalena da Aldeia de João Pires, S.ta Maria da Aldeia de S. Salvador e Idanha-a-Velha, a que pagava mais renda era a de Monsanto seguindo-se Proença, Rosmaninhal, Salvaterra e Segura.
A renda eclesiástica era um meio seguro para avaliar a importância das povoações de então.