quarta-feira, 30 de junho de 2010

Mais um Portugal - Espanha ! Este, em Salvaterra !

Ainda um pouco abalado com o desaire frente aos nossos "amigos" espanhóis, aqui deixo um relato de mais um confronto em que o ardil, desta vez, funcionou ao contrário. Não é um episódio que honre muito o vencedor mas põe a nú as artimanhas desses "amigos"! Faz hoje, dia 30 de Junho, 355 anos!

Em 1655, passados já 15 anos sobre a restauração da Independência de Portugal, sendo ainda governador da fortaleza de Salvaterra, António Soares da Costa, conhecido por "Machuca", a insídia com que os espanhóis buscavam apoderar-se desta praça portuguesa usava de todos os estratagemas. Assim, foi que o governador de Salvaleão, vila espanhola fronteiriça, D. Alonso de Sande e d’Ávila julgou poder corromper o governador de Salvaterra e apoderar-se desta sem grande esforço. A proposta, ignóbil, foi aceite mas, mal sabia o espanhol o que ia na cabeça do governador português. Acertados os pormenores para 30 de Junho, aproveitando as festas de São Pedro, e posta a operação em marcha, 37 oficiais espanhóis disfarçados de paisanos mal puderam acreditar no que lhes aconteceu. Foram mortos, um após outro, aqueles que iam entrando, e as tropas que ainda estavam esperando para tomar a fortaleza viram o seu governador lançado pelo ar, após ter sido atado à boca de um canhão. Apressaram-se a fugir, mas este trágico fim havia de causar grande mau estar nas cortes, portuguesa e espanhola. Revoltado com tal ocorrência o Duque de San German, juntou quantas forças pôde e, dois dias depois, com o propósito de vingança apresentou-se defronte de Salvaterra. Não podendo fazer nada, face à força portuguesa, resolveu “passar à espada os camponeses que segavam o trigo e até as mulheres e crianças”. A notícia desta tragédia chegou a Lisboa, onde se encontrava o enviado de França, chamado para apoiar o novo poder em Portugal, e há quem diga que a atitude do Governador da praça foi considerada acto de traição e que ele foi destituído, por ordem de El-Rei D. João IV. Porém, talvez tenha sido apenas uma manobra diplomática, uma vez que também consta que El-Rei, ao corrente da dita proposta, teria sido ele próprio a instigar o Governador a tal procedimento!

Mistérios da História de Portugal! Vá-se lá saber a verdade!

2 comentários:

  1. Olá amigo João,
    Estive um pouco ausente (como já é meu costume, de vez em quando), mas vejo que desfrutou bem dos Santos Populares. Haja alegria e inspiração…
    Venho hoje responder-lhe a um comentário que me fez, sobre seus antepassados, pois só há pouco tempo falei a minha mãe disso. Não foi com intenção de coscuvilhar, mas fiquei de lhe dar uma resposta, e como gosto de cumprir aquilo que digo, aqui vai…
    Dos seus pais, os meus não se lembram, mas as suas primas conhecem-nas perfeitamente, de tempos de ceifa, dizem eles…
    Conheceram também o seu tio “Tchico Bailadas” e a “ti Emilia Panelas”, que teve duas filhas: a Maria Augusta e outra, que a minha mãe não se consegue lembrar do nome…
    “Belos tempos!” – diz minha mãe. “Ainda que duros…”
    Quanto aos erros encontrados no livro sobre as aldeias históricas, eu ainda não lhe disse, mas acabei por telefonar à Susana, para o nº na contracapa, e disse-lhe o que o João tinha encontrado e aquilo que eu tinha visto (Segura “deslocada” no mapa), e ela disse que na próxima edição esses factos serão corrigidos de certeza. Disse que se encontrássemos mais algum, para a avisar, que ela agradecia.
    De facto, não é fácil fazer um livro…
    Um abraço e até sempre!

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  2. Cristina e João vão ver o blog da Susana, "Aldeia da minha vida" ;teve direito a entrevista televisiva;com o contributo de gente sábia e bonita, temos as nossas aldeias por aí divulgadas.Parabéns a todos vós.
    Ana Bernardo

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