segunda-feira, 7 de junho de 2010

Poema futurista...







Aproveitando um intervalo nas efemérides de Salvaterra, deixo aqui a minha incursão no mundo da poesia futurista, em voga nos anos 70. Espero que não deslustre. Foi mais um devaneio...











POESIA FUTURISTA

Vou começar
começando
a recitar
recitando
uns versos
dispersos
não diversos
nem reversos
ao invés
do revés
que se apraz
e é capaz
do melhor
do pior
mas que mais um
menos um
algebricamente falando
no espaço traçando
segundo um axioma
ora toma
isto é matemática
ou gramática
pragmática
sintomática
da época actual
não faz mal
os neutrões
neutralizam
os protões
nem por isso
protagonizam
confusões
num esquiço
são química abstracta
sem nome
de quem no contexto inserido
metido em lata
consome
o Universo perdido.
Perdido por um
perdido por mil
pum, catrapum
descobre-se o Brasil,
areias douradas
árvore das patacas.
Patacas, patacoadas
cada qual dá as que sabe
bem ou mal dadas
isso agora aqui não cabe!

1 comentário:

  1. João
    Não deslustrou coisa nemhuma. Foi um devaneio muito agadável. Depois de assistir ao jogo de Portugal-Moçambique, foi muito bom vir aqui ler o seu poema. Aliviou a minha cabeça que já não aguentava o som das vuvuzelas.
    Beijinhos
    Lourdes

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